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[Áudio] Fim da Arrancada de Caminhões? Evento tradicional enfrenta impasse ambiental e tem futuro incerto

Cancelado em 2025, evento luta para liberação para os próximos anos; Novas alternativas são estudadas

Por Davi Brabos Balneário Arroio do Silva, 11/03/2025 - 10:56 Atualizado em 11/03/2025 - 11:05
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Cancelada para a edição de 2025, a tradicional Arrancada de Caminhões já corre contra o tempo para conseguir a permissão para realização nos próximos anos. O prefeito do município, Evandro Scaini, revelou o processo para a liberação para as edições de 2026 em diante. "A questão é ambiental, não é de segurança, a segurança na realidade eles deixam para as forças de segurança, bombeiros, federação de automobilismo", explica, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, sobre a proibição.

Segundo Scaini, a licença para o evento estava nos conformes com o IMA (Instituto do Meio Ambiente) e dentro da lei do Código Estadual do Meio Ambiente, porém, anos atrás, a promotoria da região exigiu um novo tipo de licença. "No meio de 2011, o promotor federal do Tubarão, que é o do Meio Ambiente da nossa região, entendeu que a nossa licença não estava condizente com o arquivo que ele queria. E entrou com um pedido pedindo que a gente alterasse a nossa licença por uma licença de Eiarima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente)", conta Scaini. "A lei estadual do Consema disse que o nosso evento de pequeno porte e não se enquadra no Eiarima, mas se enquadra no EAS (Estudo Ambiental Simplificado), é isso que diz a lei. E aí a gente foi lá, renovou a licença e continuou fazendo a corrida", acrescenta.

Após a pandemia, que deixou o evento por dois anos sem ser realizado, a prefeitura foi até o IMA e conseguiu renovar a permissão. "No meio de 2022, a gente foi até o IMA pra renovar a licença. O IMA renovou a licença pra mais quatro anos. Então não tinha cumprimento de sentença, não tinha obrigatoriedade, eu peguei a licença, fiz a corrida de 2023, fiz a corrida de 2024 e tá correndo". Porém, neste ano, a permissão foi negada, sem aviso prévio para o município. "Não precisaria que o IMA fizesse o que fez. Ele poderia ter recebido o comunicado da sentença, pedido ciente do certificado da necessidade e pronto. Ele só certificou e também suspendeu a nossa licença de maneira administrativa sem nos avisar", conclui.

A suspensão do evento gera um problema para a cidade de Balneário Arroio do Silva, que perde seu principal evento anual, mas também prejudica outros municípios da região. "Ele não tem prejuízo só no Arroio de Silva. Ele tem prejuízo na região inteira, inclusive, pra Criciúma também. o IMA vai montar um grupo de trabalho para criar um termo de referência para a gente fazer o Eiarima, porque não existe lei para seguir o regulamento, eles vão ter que criar para cumprir a decisão judicial", revela.

Caso as tratativas não sejam sucedidas para os próximos anos, o governo já estuda alternativas para substituição do evento. "A gente sentou na semana passada junto com a Associação dos Pilotos, com os vereadores, com o pessoal da prefeitura, com aquelas pessoas que sempre nos ajudaram na corrida, e a gente pensou várias possibilidades, e também a criação de um evento alternativo parecido, que possa agregar o caminhoneiro com exposição, com festa, com show, para também suprir essa necessidade", afirma Scaini.

Ouça, na íntegra, a entrevista do prefeito do Arroio do Silva:

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