(Áudio) Golpes digitais: Como evitar cair em armadilhas virtuais

Os golpes virtuais têm se tornado cada vez mais sofisticados, afetando empresas e indivíduos. Um dos crimes mais comuns envolve criminosos que se passam por fornecedores legítimos, utilizando dados vazados para enviar boletos falsificados e desviar grandes quantias de dinheiro.

Os criminosos obtêm dados de empresas por vazamentos de informações e se passam por fornecedores, pedindo o pagamento de dívidas falsas. Segundo o delegado, Márcio Campos Neves, eles utilizam a técnica de "spoofing", que altera o número exibido na identificação da chamada, fazendo parecer que estão ligando de um número legítimo da empresa verdadeira. "Eles fazem tudo parecer muito real. Por isso, é essencial verificar qualquer mudança nos dados bancários de um fornecedor. Em casos recentes, empresas pagaram valores significativos, como 170 mil reais e até 2,6 milhões de reais, acreditando estar quites com suas dívidas.", alerta o delegado.

A principal recomendação é confirmar qualquer alteração nos dados bancários diretamente com o fornecedor, preferencialmente por vídeo. "Ligue para o número antigo e, se possível, faça uma videochamada. Isso ajuda a garantir que a solicitação seja legítima", diz Márcio Campos Neves.

Outro golpe comum envolve criminosos se passando por amigos ou familiares, especialmente para pedir dinheiro a idosos. "Eles alegam ter trocado de telefone ou estão com problemas financeiros. Os idosos acabam transferindo valores sem confirmar a identidade da pessoa", explica o delegado. A dica é sempre ligar para o número antigo e, se possível, fazer uma videochamada.

Caso a vítima seja enganada, a primeira ação deve ser registrar o boletim de ocorrência e informar o número de telefone do golpista, além de buscar o bloqueio da conta bancária com a ajuda do banco.

A melhor forma de evitar cair em fraudes é sempre desconfiar de solicitações financeiras não confirmadas. "A conscientização e o cuidado ao receber qualquer solicitação de pagamento são essenciais para evitar prejuízos", finaliza o delegado.

Confira a entrevista completa no Programa Cá Entre Nós: