A federalização do trecho estadual da BR-285, entre Sanga da Toca e Timbé do Sul, segue sem avanço e preocupa lideranças municipais do Sul catarinense. Segundo Heriberto Afonso Schmidt, prefeito de Turvo, o processo de federalização da rodovia está parado há oito anos no Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), em Florianópolis, atravessando diversas gestões estaduais sem progresso. "A verdade é que o processo da federalização está parado, parado, literalmente parado", afirmou, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, nesta terça-feira (11).
Na última semana, Schmidt, junto de outros prefeitos da região, se reuniu com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para entender a situação e pressionar pelo avanço da pauta. O receio das lideranças locais é que a conclusão das obras na Serra da Rocinha, prevista para breve, gere um aumento exponencial no tráfego de carretas pelo centro de Turvo e outras cidades da região. "Estimava-se em 2021 que cerca de 330 carretas por dia passariam no centro de Turvo. Agora, acreditamos que serão mais de 500. Vai ser o caos, vai ser a rodovia da morte", destacou o prefeito.
A principal reivindicação é que o Deinfra e o DNIT alinhem um acordo para efetivar a federalização da rodovia, permitindo que o governo federal assuma sua gestão e realize as intervenções necessárias. "É só sentar e conversar, ter boa vontade, e passar a propriedade do Estado para a União", argumentou Schmidt.
Após a reunião, a expectativa ficou por uma audiência com o governador Jorginho Mello, para sensibilizá-lo sobre a urgência do caso, e avançar na discussão da federalização. "Esperamos que o governador determine que o Deinfra sente com o DNIT para iniciar os trabalhos da federalização quanto antes", conclui.
Ouça, na íntegra, a entrevista do prefeito de Turvo ao Programa Adelor Lessa: