Araranguá está com inúmeras obras em andamento, mas uma das mais complexas é a da Rua Rui Barbosa, também conhecida popularmente como Avenida Beira-Rio. Em um dos pontos, a pista está cedendo e uma das vias permanece interditada.
Um problema de erosão que se arrasta há mais de dez anos e fica cada vez pior quando há muita chuva na região. Como reflexo, a pista principal também vem apresentando várias rachaduras.
O investimento será feito em etapas, como explica o prefeito de Araranguá, César Cesa. “É uma obra com a primeira parcela de R$ 5 milhões, a segunda de mais R$ 5 milhões e mais uma de R$ 2 milhões. Portanto, é um investimento grande de R$ 12 milhões, pois a rua precisa ser levantada para não termos mais enchentes. Precisamos fazer uma lei para decretar que ali vai ser a nossa região dos restaurantes. Mas, essa beleza toda tem um preço muito alto", pontua.
"Esse valor todo é porque ali tem um lodo mole com 18 metros de profundidade. Então, estamos aguardando a Defesa Civil estadual para ver se vamos estaquear ou se ela vai suportar apenas com gabiões de pedra. Depois de todo esse estudo de estrutura e ações a serem adotadas, faremos o deck para que se torne um ponto turístico de inverno e verão direto," acrescenta.
Estudo minucioso
O secretário de Obras de Araranguá, Cristiano Coral, reforça que o trabalho no local vem sendo feito para que problemas futuros não voltem a atingir essa região da cidade. “Nós acabamos de licitar uma parte da pista, onde faremos uma reconstituição e uma elevação do nível. Isso vai servir justamente para que as águas do Rio Araranguá não invadam a Avenida. Já estamos fazendo investimento no projeto de contenção da encosta. Como ainda teremos a obra de contenção, resolvemos segurar a parte da pista, para ser feito esse estudo mais minuciosos e execução correta dessa obra. Fizemos tudo para que o investimento do Estado permanecesse no município, por isso já adiantamos a licitação do reparo da pista”, comenta.
Análise subaquática
Várias inspeções já foram feitas, inclusive, por uma equipe especializada que, com a apoio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros, filmaram a margem do rio que recebe o impacto da força das águas e que acabam causam o assoreamento daquela área.