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Baderna em frente ao Centro Pop traz insegurança no Pinheirinho

População local reclama de ações desagradáveis dos moradores de rua após o encerramento das atividades no local

Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 10/03/2022 - 18:29 Atualizado em 10/03/2022 - 18:34
Centro Pop em Criciúma / Foto: Decom / Divulgação
Centro Pop em Criciúma / Foto: Decom / Divulgação

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Baderna e falta de segurança. É assim que os moradores do bairro Pinheirinho, em Criciúma, descrevem a situação que presenciam há cerca de um ano, em frente ao Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Pop). Após o encerramento dos serviços, às 17h, o público que frequenta o local durante o dia, acaba permanecendo nas redondezas, e provocando algumas ações que trazem constrangimento às famílias.

“O Centro Pop faz um serviço bem bacana junto aos moradores de rua. Mas, o nosso problema, está após o encerramento das atividades no local. Esses moradores acabam permanecendo ali consumindo drogas, além disso, a gente já presenciou cenas de sexo, pessoas fazendo as necessidades. Sem contar que esse pessoal é responsável pela maioria dos furtos nos comércios na região”, desabafa Adriano Dias, que reside na localidade.  

A realidade é presenciada pela população há cerca de um ano. “Estamos nos reunindo, os comerciantes, para tentar solucionar esse problema. Já estamos em contato com o Centro Pop, com a Assistência Social, mas, infelizmente, a situação persiste. Então, a gente queria uma atenção das autoridades porque está bem complicado”, acrescenta Dias. “No final de semana, eles invadem o Centro Pop. Se eu invadir um patrimônio público, eu vou preso. Eles invadem e almoçam lá dentro com o local fechado”, completa. 

Motivos para insegurança, conforme o relato do morador, não faltam. “O pessoal faz um delivery de droga ali na frente. Os carros passam a todo instante. Era uma região que aos finais de semana, os pais levavam as crianças para andar de bicicleta, jogar futebol. Acabou tudo isso”, lamenta Dias. “Eu já presenciei atos de um casal de moradores de rua, eles tiveram uma briga, e o cara saiu correndo atrás da companheira para atear fogo nela. Não conseguindo, ele botou fogo nas suas roupas”, completa. 

“A partir das 18h, aquilo ali vira terra de ninguém”

Conforme o morador, nos fins de semana, o público em frente ao Centro Pop chega a até 40 pessoas. De segunda a sexta-feira, o movimento também é intenso. “A partir das 18h, aquilo ali vira terra de ninguém. Uma amiga minha esteve lá e brincou que ali estava aparecendo a cracolândia de Criciúma e eu falei: você não viu nada, quer ver quando eles fazem churrasco e armam uma barraquinha”, lamenta Dias. “Eles optam em ficar ali na frente, por não ter uma fiscalização, assim, podem transitar livremente, consumir drogas, além de outras situações desagradáveis”, completa. 

Morador de rua com tornozeleira eletrônica

Outra situação inusitada e preocupante vista pela população local, são alguns moradores, supostamente de rua, que utilizam tornozeleiras eletrônicas. “A gente percebe que eles vão para lá consumirem drogas. Eu já vi pessoas do sexo masculino e feminino utilizando tornozeleira eletrônica. Após às 22 horas eles precisam estar recolhidos. E uma das primeiras premissas para ter uma tornozeleira eletrônica é ter uma residência fixa e, se tu não tem, não pode ser um morador de rua”, ressalta Dias. 

O morador do Pinheirinho deve ir até o 9º Batalhão da Polícia Militar em busca de intensificação nas rondas da localidade. “A gente pede encarecidamente, porque sabemos que há uma grande rotatividade de moradores de rua. Eles estão sempre mudando. Pedimos mais atenção da prefeitura e que eles acionem os órgãos de segurança, porque está muito complicado para nós. Praticamente todos os arrombamentos da região são oriundos desse pessoal que permanece a noite no Centro Pop”, pontua. 

Secretário tem conhecimento

A situação foi levada ao secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira. “Por mais que tenha demonstrado boa vontade, não sei até onde ele pode agir. Envolve saúde pública, assistência social e segurança, são três órgãos. Não sei até onde está o alcance da prefeitura. Mas, está complicado”, finaliza o morador do Pinheirinho.

A reportagem tentou contato com o secretário de Assistência Social, mas não obteve sucesso até o fechamento desta matéria. 

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