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Cabeleireiro e empreendedor, Marcos Corazza é um especialista no ramo de salões e vem construindo a sua carreira há mais de 40 anos no segmento. O que começou com um trabalho de gestão, evoluiu para uma empresa com 70 pessoas, entre colaboradores, parceiros e funcionários. Em entrevista ao 60 minutos desta sexta-feira, 8, o empresário deu dicas do que fazer para abrir um salão de sucesso.
A primeira coisa a se fazer, e talvez a mais importante, para abrir uma empresa desse segmento é trabalhar na área. “É preciso entender o trabalho que você está fazendo. A chance de um empresário que não é do setor abrir uma empresa e ela não ir para frente é muito grande, você precisa entender. É importante ser da área para analisar um trabalho”, disse.
O segundo passo, de acordo com Marcos, é procurar um espaço para desenvolver o seu negócio. Para isso, é recomendado realizar uma pesquisa para saber qual nicho de clientes o empresário quer atingir e, então, procurar um bairro ou uma rua que condiz com o seu público alvo. “Você não vai montar um salão em um quarteirão que já tem um ou dois cabeleireiros, qual a chance de você, sem clientela, adquirir a desses lugares?”, pontuou.
Com uma boa equipe montada, seja de atendimento, limpeza ou na parte da beleza mesmo, o próximo passo é descobrir o valor de cada serviço que o salão irá oferecer. “É preciso ter uma variedade muito grande de serviços para segurar os clientes. Ele não vai ir no seu salão cortar o cabelo, depois atravessar a rua e ir em outro para fazer a unha e outro para a depilação. A pessoa quer facilidade”, afirmou Marcos.
O valor também tem que ser definido, muitas vezes, às suas condições de compor um ambiente. É preciso fazer uma pesquisa de mercado e analisar qual o preço cobrado por outros salões no local e, então, comparado com o ambiente que o empresário tem disponível, colocar o preço para cima ou para baixo. Quanto mais você for agregando em sua empresa, o preço também vai sendo ajustado.
O cabeleireiro destaca que uma boa equipe é essencial para que o salão tenha sucesso, já que é o cabeleireiro, manicure ou pedicure que, muitas vezes, faz a fidelidade com o cliente - e não o salão em si. “O bem da empresa é o funcionário e os clientes. Pode ter uma super estrutura com um mobiliário maravilhoso e uma casa maravilhosa, se o teu profissional for embora e levar os clientes você fica sem nada”, afirmou.
Se virando na pandemia
Em São Paulo, estado onde Marcos fez sua carreira, os salões estão impossibilitados de abrir as portas para trabalhar. A solução encontrada pelos profissionais foi, então, semelhante a muitos dos comércios: o “delivery”. “A gente faz meio que um delivery para atender o cliente em casa. Tomamos todos os cuidados de fazer o atendimento na casa do cliente. Temos jornalistas que estão sempre nas redes de TV e atendemos essas pessoas, que precisam estar sempre arrumadas em reuniões ou apresentações”, afirmou.
