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Cabo Esmeraldino: pouca melhora e muito gasto

"Estamos na luta", afirma a mãe, Sandra Aparecida Nunes

Por Enio Biz Criciúma, SC, 23/03/2022 - 11:27 Atualizado em 23/03/2022 - 19:19
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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30 de novembro de 2020. Assalto ao Banco do Brasil de Criciúma. Cidade sitiada. Tiros. Pânico na cidade. Um soldado ferido. Um dos disparos atingiu o abdômen o soldado da Polícia Militar de SC, Jeferson Luiz Esmeraldino, afetando pulmões, rins e a retirada de 25% do estômago. Foram 33 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e outros 30 na enfermaria. Nesse período, o militar teve uma parada cardiorrespiratória que causou lesões neurológicas por falta de oxigênio do cérebro. Muitas campanhas já foram realizadas. Após tudo isso, Esmeraldino foi para a reserva da Polícia Militar e foi promovido a Cabo. Mas, como está a sua situação atualmente? Sandra Aparecida Nunes é mãe do soldado Esmeraldino. Ela participou do programa Adelor Lessa desta quarta-feira (23).

"Ele teve poucas melhoras. Ele teve algumas intercorrências bem graves. Ele ficou com hidrocefalia, que é o acúmulo de líquidos no cérebro, e o levamos para Florianópolis onde foi colocado uma válvula, e um mês depois ele perdeu a válvula, e pegou uma infecção na válvula. Agora ele está em casa, mas ainda está acamado, usando fralda, e com uma sonda gástrica no estômago. Ele não consegue respirar sozinho, por isso foi feita uma traqueostomia. E a gente conseguiu, graças a Deus, a ajuda das pessoas. Só tenho gratidão pela solidariedade de todos, e dos policiais que fizeram uma campanha e nos ajudou a mudar de residência", conta.

A família, atualmente, vive em função das necessidades do Cabo Esmeraldino. "Vivemos para ele. Temos uma casa na praia, onde moramos agora, e fizemos de tudo para dar conforto para ele. Hoje, tem um quarto só para ele, com banheiro, e nós temos a privacidade para cuidar dele. Tem uma equipe que ajuda nos cuidados, tem um espaço na casa mais reservado. Contamos com a ajuda do Estado, nos colocando uma equipe à disposição", revela a mãe.

Sem perspectiva de melhora

De acordo com Sandra, não há perspectiva de melhora. "Ele vai começar um trabalho de reabilitação em uma clínica neurológica e precisamos levar duas vezes por semana. Estamos bem esperançosos. Foi feito um exame e constatou que ele não tem mais hidrocefalia, não precisa mais colocar a válvula e, por isso, estamos muito felizes. Aos poucos vamos conseguindo. Ele faz alguns movimentos voluntários na cama, mas ele não caminha. Ele faz trabalhos de fisioterapia e fonoaudiologia. Eles não dão nenhuma perspectiva dele voltar a andar e falar. Elas estão ajudando ele a tentar engolir, nem que seja a saliva. Estão tentando ajudar a respirar pelo nariz também", afirma.

Esmeraldino foi promovido a Cabo por ato de bravura, no entanto, se ele seguisse a carreira na PM poderia chegar a Sub-Tenente. A mãe frisa que a família já está buscando os direitos. "Temos o advogado da APRASC que está tomando conta disso. Esse processo é muito demorado. Não recebemos nenhuma garantia de que algum tempo ele terá esse reconhecimento. Ele tinha noção de que começaria a estudar no fim do ano porque ele queria ser delegado. Mas, teve a carreira interrompida. Não queremos nada mais do que a justiça, para que tenha uma segurança e possa sustentar melhor a filha".

Em busca de recursos

A família ainda busca ajuda para custear o tratamento. "Precisamos fazer muita coisa. As coisas vão estragando e não temos como arrumar. A gente depende muito da ajuda de todos. Paramos dois meses em Florianópolis. Eu e meu esposo fomos juntos e a nossa sorte foram as doações, pois conseguimos ficar em um hotel, comer, lavar as roupas. Estamos na luta", finaliza.

Para quem quiser fazer doações para a família do Cabo Esmeraldino, o contato é (48) 99688-1103.

Ouça a entrevista da mãe de Esmeraldino à Rádio Som Maior no podcast:

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