Após o prazo do Ministério Público (MP), a Casan respondeu alegando que um acidente nas obras de ampliação da rede de sistema integrado teria ocasionado o rompimento da adutora, assim deixando Criciúma e região esse longo período de fornecimento sem água.
De acordo com Diógenes Viana Alves, promotor de Justiça de Criciúma, esse problema é recorrente e lembrou que em 2014 houve uma ação civil pública e a Casan foi condenada por um problema idêntico. “Apesar do resultado ele voltou a se repetir nos anos posteriores, dialogando com o promotor que tratava anteriormente nós concluímos que a alternativa de buscar condenação em falha do serviço ela acabava não tendo o resultado esperado pela população que é água na torneira”, explica.
A alternativa segundo o promotor foi buscar prevenir essas situações e em inquérito civil instaurado em 2019 foi trabalhado com a ideia de convencer a Casan da necessidade de ampliação da rede integrada, fazendo com que Criciúma não ficasse refém da única adutora.
“Esse trabalho vem sendo realizado e está em fase de finalização. Pelo acompanhamento do inquérito civil ele está em sua fase final”, diz o promotor.
Equipamento de supressão do ar
Em relação aos questionamentos de moradores do motivo da Casan não colocar o equipamento para supressão do ar, o MP instaurou um inquérito civil. “Foi nos reportado em novembro do ano passado e nós estamos colhendo provas, ouvindo síndicos e moradores para que a gente tenha uma noção se existe interferência da incidência de ar nas contas de água” ressalta Alves.
O posicionamento da Casan sobre esse assunto, segundo o promotor, é que os equipamentos não teriam uma autorização de algum órgão estatal que assegurasse a qualidade e que não venha interferir na água, além do risco de contaminação. O inquérito será concluído nos próximos três meses.