O grupo de lojistas que organizou a reunião da manhã desta terça-feira, 7, na Praça Nereu Ramos, vai avançar no movimento. Eles planejam um novo encontro para as 16h, em um ato ampliado, com o maior número possível de lojistas, inclusive buscando alguns de bairros, das regiões do Rio Maina, Santa Luzia e Próspera. "Queremos trazer funcionários também, o maior número possível para esse ato, para chamar a atenção para a situação que estamos vivendo com esse fechamento do comércio", referiu um lojista, que preferiu não se identificar.
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E eles já apresentam uma meta ousada: reabrir o comércio de Criciúma nesta quarta-feira, 8, a partir das 9h, mesmo que sejam renovados os decretos de isolamento social pelo governador Carlos Moisés. A ampliação do prazo de quarentena no comércio - por conta da pandemia de coronavírus - já foi confirmada pelo governador, faltando oficializar a medida e também definir o novo prazo de suspensão das atividades.
CDL não apoia
"Não temos relação com isso. Estamos trabalhando de outra forma", pontuou a presidente da CDL Criciúma, Andrea Salvalaggio, ao tomar conhecimento do ato e da mobilização dos lojistas. "Temos que cumprir o decreto, por mais injusto que ele seja, temos é que cumprir a lei", referiu. "Alguns lojistas nos ligaram, conversaram, pediram para fazer algo. Nós estamos fazendo, não é um movimento da CDL com a prefeitura, a prefeitura está de acordo com a gente, quer que o comércio abra, mas é uma esfera mais acima", destacou.
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A Polícia Militar foi até a Praça Nereu Ramos durante o ato da manhã desta terça e advertiu os lojistas sobre os riscos de manter o movimento, reiterando os vetos a reuniões públicas e também as implicações legais de desobediência ao decreto. "Sim, com certeza, a PM está cumprindo o decreto do governador. Já vimos em vários lugares eles fechando e daí vai responder criminalmente. A CDL não tem como apoiar como uma dessa", reforçou a presidente da CDL.
Busca de soluções
A Federação das CDLs toma parte da reunião do grupo de trabalho montado pelo Governo do Estado para buscar soluções para a crise. Um novo encontro desse grupo ocorrerá às 14h. "Sei que todos os lojistas estão agoniados para abrir, mas a posição da CDL é pelo respeito aos decretos"
"Estamos em contato direto, estão nos passando as informações, hoje vai ter uma reunião às 14h e depois disso o governador faz o novo decreto. A conversa está sendo feita hoje, estão participando Fecomércio, FCDL", referiu a presidente. "É difícil, se eles estão tomando uma posição dessa é porque tem algum motivo. Temos que confiar", destacou Andrea. "Depois a gente vai ter que pensar no que vamos fazer", pontuou.
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A presidente da CDL deverá se manifestar ainda nesta terça, em uma live, para orientar lojistas e público em geral. "A minha ideia agora é que, se o comércio não vai abrir, que a gente pressione o governo para ele fazer algo em função do comércio. Tudo bem, vamos pagar a conta? Essa conta tem que vir com algum benefício para essa hora tão difícil. Que liberem algo para o comércio", finalizou.