A obra do Binário da Avenida Santos Dumont, no bairro São Luiz, é complexa e vai mudar o fluxo da área central de Criciúma e cria alternativas logísticas para a cidade. São quase 7 quilômetros de vias construídas, refeitas e recuperadas. Ao todo, são 11 vias, três avenidas, além de outros tipos de obras. No entanto, toda obra causa transtorno, seja para moradores, motoristas ou comerciantes. É o caso da obra do viaduto, que faz parte do binário, na Rodovia Luiz Rosso. Comerciantes locais relatam prejuízos e, por isso, entraram em contato com os vereadores de Criciúma. Os parlamentares, integrantes da Comissão de Obras, estiveram no local na manhã desta terça-feira (22) e ouviram as demandas e buscaram a solução.
"Fomos chamados pelos comerciantes por causa do transtorno que essa obra está causando. Ouvimos os comerciantes e é de cortar o coração. Alguns nos relataram que não conseguem pagar o aluguel, não conseguem pagar a faculdade da filha, praticamente quase chorando. Ouvimos os responsáveis pela obra e chegamos num consenso de uma mudança de trânsito e vai dar certo. Vamos nos deslocar até a prefeitura onde vamos conversar o secretário Tita Beloli e vamos levar as mudanças propostas. Acredito que vai aliviar bastante o problema e o prejuízo que os comerciantes estão tendo na queda da venda de seus comércios", afirma o vereador.
Um agente de trânsito será deslocado para o local para dar segurança. Um acesso, que fica ao lado da obra que hoje está fechado, será liberado apenas para o trânsito local. "Essas mudanças seriam a retirada de um poste, a retirada de uma parada de ônibus que, hoje, não tem função nenhuma, e será aberto um acesso, que hoje está fechado, mas verificamos a segurança na passagem de veículos, e além disso, serão colocadas placas de acesso apenas de carros para o trânsito local. Essa transformação vai amenizar os problemas dos comerciantes. A DTT vai ter um agente de trânsito permanente no local para orientar os motoristas, o que vai dar mais segurança para todos", afirma o vereador Miguel Pierini.
Édio Nunes Coral é comerciante no local há 10 anos e relata que as obras afetaram diretamente as vendas. Ele está sem pagar o aluguel e teve que parar de pagar a faculdade da filha. "A vinda de cliente caiu mais da metade. Estamos vendendo apenas 40% do que vendíamos antes. Como vou sobreviver? Eu não sou aposentado e não tenho outra fonte de renda. Eu estava pagando a faculdade da filha, faz dois anos e meio que não consegui pagar mais. O aluguel daqui está atrasado. Na semana passada vieram cortar a energia", lamenta.
Confira o podcast da entrevista do vereador, Miguel Pierini:
Confira o podcast da entrevista do comerciante, Edio Nunes Coral: