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Como proceder com o filho que sofre de enurese

Especialista falou ao Programa Ponto a Ponto, da Rádio Som Maior sobre o assunto

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 06/09/2020 - 11:14
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Lidar com as manhãs após noites de cama molhada pode ser uma condição que gera estresse e desconforto para as crianças, pais e cuidadores. O processo de desfralde se dá nos primeiros anos de vida, mas cada organismo é único e o alcance da maturidade do sistema urinário é algo individual. Porém, a partir dos cinco anos de idade, o ato de fazer xixi na cama pode ser um distúrbio, que requer acompanhamento médico e tratamento.

Quem explica como proceder é o médico especialista em urologia pediátrica, Atila Rondon. “Existem muitos mitos porque é algo que perpassa a realidade de muitas famílias e as soluções vão passando de pai para filhos, ainda que não tenham efetivamente solucionado alguma coisa, mas muitas vezes vizinhos dão conselhos e se espalha de uma tal maneira que muitas falta uma orientação médica, cientifica do assunto e muitas vezes um tratamento que poderia ter resolvido é postergado porque as pessoas usam  estas fórmulas que não funcionam”, cita.

O chamado “xixi na cama”, na verdade leva o nome de enurese. “Toda perda de urina na cama é enurese e vai caracterizar isso somente a partir dos cinco anos de idade, porque antes disso, as crianças precisam de um tempo de desfralde e qualquer acidente é completamente normal. O que a gente vai considerar um problema é a partir dos cinco anos de idade. É muito comum, as frequências variam de país para país, mas se acredita que em torno de 10% a 15% das crianças tenham enurese. Dos problemas de saúde, que tem na população este é um dos mais comuns”, diz.

Ao longo dos anos, aponta Rondon, há a tendência de melhora espontânea, mas até que se resolva tem há impacto psicológico sobre a criança. “Isso se deve à pressão familiar, que entende que esta, talvez seja uma responsabilidade da criança, que está com preguiça de levantar para fazer xixi e acaba muitas vezes a lembrar a algo que é assustador, a níveis de punição, seja verbal, seja física, com níveis que chegam a quase 100%. Punir estas crianças não resolve o problema, pelo contrário, tende a gerar um clima de maior ansiedade e tende a piorar o problema, a mensagem que temos hoje é que punição não resolve”, relata.

Genético

O especialista revela ainda que esta é uma condição que pode ser genética. “Às vezes o pai passaram por isso e tendem a ser punitivos pela ausência total de saber o que fazer. Se um dos pais teve enurese , a chance do filho ter é de 40%. Se ambos os pais tiveram, a chance do filho ter é de 80%. Existe esta característica hereditária que a gente não conseguiu identificar em um gene específico, mas nitidamente pais que tiverem enurese, tem chances de ter filho com enurese”, pontua.
 

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