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Coordenador do Procon comenta caso da Renner

Gustavo Colle afirma que há "erros de comunicação entre a gerência e a nota oficial da loja"

Por Paulo Monteiro Criciúma, SC, 29/11/2019 - 14:13 Atualizado em 29/11/2019 - 14:15
Arquivo / 4oito
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Caso de grande repercussão que antecedeu a Black Friday, a possível fraude na remarcação de preços nas Lojas Renner ainda é acompanhada pelo Procon Criciúma. Em comunicado emitido nesta quinta-feira, 28, a empresa justificou o ocorrido. Mas para o coordenador do órgão de defesa do consumidor, Gustavo Colle, ainda há divergências e falhas de comunicação de precisam ser esclarecidas.

“Há algum tipo de ruído de comunicação entre a gerência da loja e essa nota oficial emitida pela Renner. Antes mesmo de emitimos o auto de infração, verificamos que existiam etiquetas com os mesmos valores, nos certificamos de que a etiqueta laranja era promocional da Black Friday e, inclusive, que nos dias posteriores também continuaram lá e que os descontos seriam maiores”, comentou, em entrevista à Rádio Som Maior.


 
O coordenador do Procon afirma que, assim que foi feita a abordagem e a constatação de que haviam roupas com os mesmos preços, a gerente da loja disse que havia cometido um erro e, imediatamente, recolheu todas as roupas das gôndolas. “Se o desconto é no caixa,  por que então naquelas peças o desconto já estava embutido nas roupas?”, questionou Colle.

A partir do auto de infração, a Lojas Renner têm dez dias corridos para emitir uma resposta e, caso seja considerada não cabível pelo Procon, o Programa pode aplicar uma sanção de até R$ 6 milhões. “Vamos analisar se tem algum antecedente, qual a gravidade da infração. Faremos todo um estudo técnico junto com nosso corpo jurídico para não dar uma multa abusiva, e sim conforme foi o grau proporcionado”, ressaltou.

Após o ocorrido, o coordenador destaca que o Procon não recebeu nenhuma reclamação formal sobre os preços da Black Friday e que, inclusive, o número de reclamações no comércio diminuiu e muito no município. 

Erros na Black Friday 

Apesar de se vender como um momento de altos descontos no comércio, a Black Friday nem sempre proporciona isso. Lucas Teodoro, morador de Criciúma, foi uma das pessoas que esperou o período comercial para realizar suas compras - mas acabou se decepcionando. 

“Estou mobiliando meu apartamento novo, tenho que comprar uma máquina de lavar nova. No começo do ano eu procurei, encontrei em muitas lojas pelo valor de R$ 3 mil à R$ 3.500,00, optei por aguardar até a Black. Encontrei em um estabelecimento a máquina de lavar que, a princípio, custava R$ 3.199,00, em um ‘desconto’ de R$ 3.699,00 por R$ 3.199,00”, destacou Lucas.

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