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Uma pesquisa científica feita pela Secretaria de Saúde de Criciúma em conjunto com o Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC) será divulgada na tarde desta sexta-feira, 8, e deve apontar para um aumento no número de casos de coronavírus no município. De acordo com o secretário de Saúde, Acélio Casagrande, a pesquisa deverá conter os reflexos da abertura dos comércios, shoppings e academias.
“Essa primeira pesquisa deu há duas semanas atrás um número de 4.700 pessoas infectadas. Hoje, após quatro dias de coleta, que serão concluídas na segunda-feira, temos uma expectativa de números bem maiores. Com certeza serão números bem maiores do que aqueles que eram de duas semanas atrás”, pontuou o secretário.
A pesquisa funcionará como indicadores que serão essenciais para a avaliação de tomadas de novas providências e, também, para traçar uma expectativa para as próximas semanas. Acélio ressalta que a transmissão comunitária já está acontecendo em Criciúma e a reabertura do comércio contribuiu para isso - apesar de ser algo inevitável.
“As pessoas circulam, caminham, se encontram e estão indo nos estabelecimentos. Os próprios supermercados estão atendendo muita gente e não pararam. A transmissão comunitária está acontecendo em todos os locais do município, e por isso os cuidados devem ser sempre redobrados, disse. Sobre um possível recuo das reaberturas, o secretário diz que ainda não está previsto. “No momento não, também temos que pensar na questão do emprego, das pessoas que não tem mais nada na geladeira, que estão com muitas dificuldades e acabam adoecendo por outras causas”, afirmou.
Atualmente o município conta com seis pessoas internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São José, sendo três destes de outros municípios. Além disso, há também mais quatro pessoas positivas em leito clínico e outros seis aguardando resultados. “Temos em torno de 15 a 16 pessoas entre UTI e internados, positivos e suspeitos”, destacou.
Para o secretário, a volta dos transportes públicos deve acontecer se houver uma condição de ônibus totalmente controlada, com espaçamentos, higienização e critérios sanitários rigorosos. Há uma preocupação, no momento, é em relação às pessoas que estão indo ao trabalho em um carro com mais de quatro pessoas dentro.
Preocupação com respiradores
Acélio destaca que sua grande preocupação desde o início da pandemia em adquirir mais 40 respiradores para o Hospital São José, que já possui 45 leitos de UTI com o equipamento, mas aguarda o os outros 40 em um espaço já pronto. “Preocupa-se que se tenha uma explosão de casos graves sem que se tenham respiradores e acontecer o que já está acontecendo no Rio de Janeiro, por exemplo, e não respiradores para salvar vidas”, afirmou.
