Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Covid-19: a eficácia da cloroquina e o impacto da volta dos ônibus

Segundo pneumologista, ainda não há estudos positivos e seguros sobre o tratamento com o medicamento

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 26/08/2020 - 10:00 Atualizado em 26/08/2020 - 10:08
Foto: divulgação
Foto: divulgação

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

O debate popular sobre o uso ou não uso da cloroquina como tratamento precoce para o novo coronavírus fica em alta, volta e meia, em todo o país. A decisão de tomar ou não o medicamento é visto, por muitos, como algo político. Apesar disso, de acordo com o médico pneumologista Renato Matos, ainda não há nenhum estudo seguro que comprove a eficácia do remédio.

“Infelizmente não tem nenhuma evidência que nos diga que tivéssemos que usar essa medicação em fase inicial. Todos os trabalhos com consistência científica, feitos até agora, não são positivos. Todos acabam mostrando que as pessoas que usaram e as pessoas que não utilizaram a cloroquina tem um desempenho que não muda, associado com alguns pequenos efeitos colaterais que, em alguns, podem ser extremamente graves”, disse, em entrevista ao programa Agora, da Rádio Som Maior, nesta quarta-feira, 26.

Em relação a atual situação de Criciúma frente a pandemia de Covid-19, Renato destaca que alcançamos uma certa “folga” em relação ao número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis, mas que ainda vivemos um processo complicado. “É uma situação delicada, se hoje 10 pacientes precisarem de UTI em Criciúma, teremos problemas para colocar todos. Já tivemos situação em que trabalhamos com 100 internados, mas houve uma redução da doença significativa? Ainda não, isso se deve ao aumento no número de leitos de UTI”, pontuou.

O pneumologista ressalta ainda que as grandes cidades brasileiras que passaram por situações extremamente complicadas durante a pandemia, como São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, perdurou por cerca de dois meses em uma dura fase de contaminação. A expectativa é de que isso ocorra também na região e que, ainda em setembro, tenhamos uma situação mais amena em Criciúma. 

O impacto da volta do transporte 

Ainda não é possível dizer que a volta do transporte público irá afetar o número de casos de Covid-19 na região. Segundo Renato, o que se sabe atualmente é que um cenário de transmissão da doença envolve pessoas próximas, com menos de 2 metros de distância, por um período em torno de 10 ou 15 minutos e, geralmente, sem o uso de máscaras. 

“Se no transporte a gente conseguir esse afastamento, usando as máscaras, se o vírus estiver em aberto o risco é muito menor. Mas sempre que juntamos pessoas, existe um risco”, ressaltou o pneumologista.

Tags: coronavírus

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito