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Covid-19: Combate à desinformação e importância da vacina marcam os três anos de pandemia

Profissionais de saúde participaram de uma mesa redonda sobre o assunto nesta segunda-feira (20)

Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 20/03/2023 - 12:18 Atualizado em 20/03/2023 - 12:18
Foto: Manuela Silva/Especial 4oito
Foto: Manuela Silva/Especial 4oito

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Há três anos, o mundo vivia o início da pandemia de Covid-19. Um momento marcado pela dúvida, medo e insegurança, que não será esquecido tão cedo. No dia 12 de março de 2020, ocorreu a primeira morte pela doença no Brasil. Ainda no mesmo mês, foi anunciado o fechamento de comércio e de serviços não essenciais pelo então governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva

"A cada ação nós tínhamos que pensar em salvar vidas. E em Criciúma, mesmo antes do vírus chegar, nós tivemos a formação de uma comissão de profissionais, pneumologistas e infectologistas, para nos prepararmos para disseminar a toda a rede de saúde a condição de trabalhar essa situação. Como fazer, como evitar aglomerações, sem causar a falência de estabelecimentos comerciais. Era a vida em primeiro lugar, mas também pensando que as pessoas precisavam de comida na geladeira", avalia o secretário Municipal de Saúde, Acélio Casagrande. 

Ouça a entrevista no Programa Adelor Lessa:

Na luta contra a doença, Criciúma serviu de exemplo com a criação do Centro de Triagem. O espaço tinha como objetivo separar os pacientes com sintomas de infecção pelo novo coronavírus das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) a fim de evitar novas infecções. "Chegou um momento em que nós tivemos que alugar um hotel em Criciúma para colocar os profissionais de saúde. Como o doutor Ronald, que teve que ficar 30 dias longe do filhinho recém-nascido com medo de chegar em casa e transmitir o vírus para a família", conta o secretário. 

O medo do desconhecido

No início da pandemia, era pouco o conhecimento para lidar com aquela doença. Não se sabia, por exemplo, se as máscaras eram eficientes para a prevenção, algo que depois passou a ser recomendado e obrigatório. Para o médico pneumologista, Renato Matos, olhando para os outros países, mesmo com muita tecnologia, tinham dificuldades para lidar com a doença. 

"Tivemos a sorte, de certa maneira, do vírus ter precedido outros países. A China tampava muito a situação. Mas, quando chegou na Europa, e principalmente na Itália, com aqueles carros frigoríficos do lado dos hospitais, foi complicado. Quando chegou na América do Norte, nós vimos a maior mortalidade em números nos Estados Unidos", comenta o pneumologista. 

O desafio da desinformação 

Além da tentativa de vencer a Covid-19, outro desafio encontrado pelos profissionais de saúde era o combate às fake news. A desinformação que circulava, e ainda circula, pelas redes sociais, fez com que inúmeras pessoas deixassem de acreditar na ciência e apostar no duvidoso. 

"Começou todo um desafio. Uns acreditando na ciência e outros não. Os que não acreditavam nos traziam muitas dificuldades para trabalhar na rede pública e na privada também, porque era o bem contra aqueles que disseminavam o mal, dizendo que não era para acreditar nisso, que não era nada", conta o secretário. 

Matos compartilha da mesma perspectiva. "Vimos aquela loucura de remédios que não funcionavam, cloroquina e ivermectina. Aquilo passava a ideia para a população de que se ficar doente, tem remédio. Muitas pessoas deixaram de tomar as medidas adequadas porque acreditavam que se ficassem doentes teriam tratamento, como tem para a pneumonia", enfatiza o médico. 

A vacinação 

Em janeiro de 2021, quase um ano depois desde os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, o país deu início a tão sonhada vacinação. Com o avanço da aplicação dos imunizantes, o número de mortes e casos graves da doença caíram drasticamente

"Não tínhamos conhecimento sobre como lidar com a situação até que veio a vacina. A primeira dose foi aplicada no dia 21 de janeiro de 2021 em Criciúma e, de lá para cá, foram mais de meio milhão de doses, 510 mil vacinas monovalente aplicadas", ressalta o gerente de Vigilância em Saúde, Samuel Bucco.

No fim do mês passado, o país deu início à vacinação bivalente. "Hoje, 20 de março, entramos na fase 3 em que gestantes e puérperas recebem a sua dose de vacina bivalente, que tem as duas cepas do vírus. A cepa ancestral, que deu origem à pandemia, e também da variante ômicron e suas subvariantes", explica Bucco.

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