A Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), que foi a última região do sul de Santa Catarina a entrar em estado gravíssimo, vê os números da Covid-19 crescerem de forma exponencial. Um levantamento feito pelo Portal 48, aponta que, em exatos 20 dias, o número de novos casos diários cresceu de 40 para 120, ou seja, uma alta de 200%. Prova que o vírus vem se espalhando rapidamente.
A comparação feita de 20 de julho até essa terça-feira, 11, dia do último relatório oficial, mostra que além de triplicarem os casos diários, a preocupação fica por conta do maior município da região, Araranguá. A Cidade das Avenidas, com menos de 70 mil habitantes, superou os mil casos confirmados de Covid-19, e já resgistou 18 óbitos.
Em toda Amesc são 49 mortes e 2.947 casos confirmados. A maior taxa de letalidade está em Balneário Gaivota, que das 109 pessoas positivadas, seis foram a óbito, ou seja, uma taxa de letalidade de 5,5%, enquanto a média da região é 1,7%.
Quando se trata de número de casos na comparação a quatidade de habitantes do município, Morro Grande aparece com maior incidência, seguindo por Santa Rosa do Sul, Turvo e Balneário Arroio do Silva. Desde o dia 23 de julho a Amesc foi classificada em situação gravíssima, de acordo com a matriz de avaliação de risco regionalizada de enfrentamento ao novo coronavírus.
O Hospital Regional de Araranguá (HRA), que é a referência para internação de pacientes graves com Covid-19, além de enfrentar falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ainda sofre com a escassez de mão de obra especializada, para trabalhar nessas UTIs. Prova disso foi que dez novos leitos foram aprovados e subsidiados pelo governo catarinense, mas a ativação feita de forma escalonada. "Dos dez, ainda falta ativarmos quatro. Continuamos com falta de profisionais. Sendo assim, estamos com 16 leitos de UTI, específicos para coronavírus, e todos estão ocupados", adianta Eduardo Ali, diretor do Hospital Regional de Araranguá.