Com baixa cobertura vacinal, o Governo de Criciúma viu a necessidade implementar campanhas com foco na imunização dos munícipes. Além disso, para manter a eficácia da vacina, é necessário tomar todas as doses recomendadas, alertam especialistas.
“A vacina contra a Covid-19 continua sendo a nossa grande arma para combater a disseminação do vírus", destaca o pneumologista Felipe Dal Pizzol. Para o especialista, a primeira imunização já alcança um nível alto de defesa contra o vírus e a proteção contra formas graves da doença.
Entretanto, com o passar do tempo, a eficácia reduz em todas as faixas etárias, predominantemente, nas pessoas idosas e naquelas que possuem algum tipo de imunossupressão, segundo Pizzol.
"O primeiro e o segundo reforço aumentam, sem sombra de dúvidas, a imunidade contra o vírus e também a proteção contra casos graves da doença e mortes, mesmo com as novas variantes", salienta.
A imunização e as internações
Para os especialistas, a imunização por meio das vacinas é o grande motivo pelos quais as internações graves se tornaram menos frequentes.
Contudo, o índice de infecção pela doença ainda é alto, de acordo com o presidente da Unimed Criciúma, Leandro Avany Nunes. "Temos, hoje, em média, 30% dos pacientes que fazem exames conosco na rede privada estão positivando. Tínhamos entre 5% a 10% há alguns meses", conta.
Apesar disso, conforme Nunes, o número de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) diminuíram bastante. “Se as pessoas não estivessem vacinadas, estaríamos com o hospital cheio de pacientes. Essa é a importância da consciência individual”, enfatiza.
"O que nós estamos observando hoje no consultório é que, as pessoas que têm quadros mais complicados, são aquelas que têm apenas uma dose. Nas pessoas com esquema vacinal completo é muito raro ter sintomas significativos", reforça o pneumologista Renato Mattos.
Para o profissional, o imunizante modificou completamente como a doença se desenvolve. "Mesmo com uma pequena perda de eficácia, a vacina continua altamente eficaz. Hoje, temos uma vida praticamente normal em função dela", conclui Mattos.