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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está desenvolvendo uma pesquisa que tem como objetivo identificar possíveis variantes do vírus da Covid-19 no estado catarinense. Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o estudo vem sendo desenvolvido desde novembro e, até meados de fevereiro, deverá contar com a análise de 100 amostras de genomas.
Trabalhado pelo professor do laboratório de Bioinformática do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, Glauber Wagner, o projeto surgiu com a ideia de analisar o sequenciamento do genoma do vírus para identificar mutações da Covid-19 no estado.
“Com isso poderíamos avaliar a origem do vírus, de onde ele veio em SC, como se espalha pelo estado e, obviamente, auxiliar para entender se existe alguma formação de grupos de transição por região do estado”, pontuou o professor.
A pesquisa também contribui no sentido de identificar se há alguma variante da Covid-19 no estado que possa alterar fatores importantes como a transmissibilidade do vírus. Isso porque, segundo Glauber, há mutações que podem fazer com que o vírus invada uma célula com maior facilidade ou se replique de maneira mais fácil, o que não necessariamente implica em uma maior força da doença, mas sim em um crescimento na transmissão.
“Há duas variantes importantes faladas no mundo, uma encontrada na Europa e outra na Ásia. Uma variante encontrada no Reino Unido demonstrou presença em quase toda população da Irlanda, por exemplo, resultando em uma maior transmissibilidade. Outras variantes foram encontradas no Brasil, mas em Santa Catarina ainda não foi encontrada nenhuma nova até o momento, nada de diferente daquilo que se é visto no Brasil desde o início da pandemia”, ressaltou o professor.
