A Unimed Criciúma possui atualmente duas UTIs reservadas para o coronavírus. Ambas com 5 leitos cada. Conforme entrevista realizada com o presidente da instituição, Leandro Avany Nunes, todos os leitos de UTI permanecem ocupados. Apesar dessa informação, o panorama é positivo. O número de internações e atendimentos diários caiu. Nos meses de maior incidência o hospital chegou a atender 300 pacientes e internar uma média de 10 por dia. Atualmente os números são bem menores. São 50 pacientes no pronto atendimento buscando ajuda e uma média de duas internações diárias.
Mesmo com uma situação de melhora, Avany reforça e pede para que tomem cuidado. "Isso torna a situação para tratamento confortável, mas isso não significa que para o indivíduo da situação esteja mais folgado", afirmou o médico. A reação ao vírus é incerta, o paciente pode ser assintomático, sintomático e até mesmo ter um quadro grave da doença.
A instituição possui atualmente 75 mil clientes diretos, atingindo quase 90 mil com demais planos que cobre, como por exemplo do São João Batista. Com a situação mais tranquila na enfermaria, que hoje possui 17 pacientes internados, Avany reforça que consegue garantir a todos um tratamento adequado. Mas reforça que todos tem que fazer a sua parte para a situação não piorar.
Vacinas
Toda a equipe que possui contato direto com pacientes com Covid-19 foram vacinados. Higienizadores, copeiros, recepcionistas, técnicos, enfermeiros e médicos. Avany elogiou o trabalho da Prefeitura de Criciúma na distribuição das vacinas, que conseguiu cobrir o principais grupos.
A novidade é a possibilidade de empresas privadas adquirirem doses de vacina. Segundo o médico, ontem o Governo Federal autorizou um grupo de iniciativa privada de comprar vacina. A condição é de que metade da quantidade adquirida seja doada ao SUS. "Isso abre caminho para que possa ter uma aquisição direta de vacina", falou Avany que revelou que deseja vacinar todos os profissionais e clientes da Unimed. Mas ele é realista e relembra que a situação de aquisição de vacinas está complicada para todos e menciona países como Alemanha, Itália e Estados Unidos que vem tendo problemas na compra.
A insegurança entorno da eficácia da vacina ainda existe. Sobre o assunto Avany falou que se metade das pessoas que faleceram pela doença em 2020 tivessem sobrevivido já seria ótimo. Com a diminuição de casos por conta da vacina, existe tempo para evoluir tratamento e métodos de prevensão. E relembro que até o momento nenhuma pessoa vacinada na região registrou efeitos colaterais.