O dinheiro que sobrar de uma obra não pode ser usado na conclusão de outra, envolvendo os empreendimentos da Criciúma Construções. Em recuperação judicial desde 2015, a empresa pode voltar a ser administrada pelo proprietário Rogério Cizeski. “Lamentavelmente aquilo que sobra volta para a adquiranda, e o que falta é dividido entre os adquirentes”, afirmou o advogado e assessor jurídico da Associação Geral de Credores, Marcos Rinaldo Fernandes, em entrevista ao Programa Adelor Lessa.
Segundo Fernandes, 8.801 famílias foram prejudicadas com a não conclusão de suas aquisições. “A nossa intenção entre os credores é que a recuperação judicial continue, para que esses empreendimentos continuem sendo tocados pelos compradores. São tantas notícias que acontecem via imprensa, pelas questões que envolvem o antigo proprietário da empresa”, disse.
Os empreendimentos são tratados individualmente. A expectativa é que Cizeski fature mais de R$ 6 milhões somente com dois empreendimentos. Para o advogado, o ideal seria um acordo entre os envolvidos para tirar do chão os empreendimentos. “As jurisprudências são aquilo que as sociedades combinam e não está na lei. Isso é de 1964, é preciso mexer na situação para fazer um acordo, para que nós pudéssemos contemplar algumas famílias”, completou.
Confira a entrevista na íntegra: