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De uma bermuda do Word a cinco pratos de comida: Rony Meisler conta a história da Reserva

Empresário foi a atração principal da segunda noite do Empreende SC 2025

Por Arthur Lessa Criciúma, SC, 25/04/2025 - 22:08 Atualizado há 3 horas
(foto: Samira Pereira / Alfa Com)
(foto: Samira Pereira / Alfa Com)

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Num dia qualquer, um jovem vai à academia e se depara com cinco pessoas usando a mesma bermuda, da mesma marca e da mesma cor e se pergunta: é demanda reprimida ou demência coletiva?

Nesse dia, que Rony Meisler chama de “Dia D”, tem início a história da Reserva, marca de roupa fundada por ele em 2004 e que foi o tema da palestra do empresário, que fechou a programação do Empreende SC 2025.

Durante os 50 minutos da apresentação, Meisler, que é engenheiro de formação e atuava como consultor na área de sistemas, falou sobre os desafios de colocar a ideia de negócio em prática. Entre eles, o próprio conceito de pôr em prática. 

“Quando a gente vai abrir um negócio, a gente pensa em um monte de coisa que tem que fazer, menos o mais importante: que é fazer”, explica Rony, que lembrou também do pai o mandado se livrar das planilhas de planejamento (de maneira um tanto agressiva) e ir pra rua "fazer produto bacana e vender".

Ainda sobre gestão, outro ponto bastante destacado na apresentação foi a importância de estar atento, o tempo todo e desde o início, à sustentabilidade da empresa e entender que nenhuma empresa quebra no DRE, mas sim pelo caixa. "No DRE a gente põe o custo do produto vendido, mas não do produto comprado. Aí você faz estoque e falta dinheiro para pagar o fornecedor”, reforça Meisler.

O cliente chefe 

Um dos pontos-base da cultura da Reserva, segundo o fundador, é criar produtos que partem das demandas dos clientes e, para isso, trazer o vendedor para o processo de criação das coleções. "Nosso chefe é o cliente. E o vendedor está mais perto que o diretor criativo, então é ele que temos que ouvir".

A mesma ideia é aplicável para os processos de inovação. E não só da Reserva, ou de empresas de moda, mas de qualquer setor. “A materia-prima da inovação não é tecnologia, é audição. Quando mais a gente escuta, mais sabemos que os outros tem problema, desenvolvemos solução e fazemos eles usarem”.

O lado humano

Nem só de números e processos se faz uma empresa. E o lado humano também foi destaque na apresentação de Rony Meisler no encerramento Empreende SC. Tanto pra dentro quanto pra fora da empresa.

Para dentro, Meisler apresentou ações que tinham como objetivo aumentar o engajamento voluntário da equipe, como realização de sonhos para aqueles que mais colaboram com outros setores, licença-paternidade de 45 dias e contratação de vendedores acima dos 70 anos, que era uma ação de combate ao etarismo, mas virou uma alavanca comercial. "Os nossos cabeça branca começaram a vender pra caramba! [...] A faixa etária média das lojas é de 20 a 22 anos, molecada. Quando entra alguém com mais de 70 anos, vem com direcionamento de carreira e mentoria, e a barra da loja sobe", esclarece Rony.

Para fora, Meisler lembra de um projeto que seria voltado à educação, mas acabou mudando de objetivo depois de ouvir de um garoto que "o pessoa da bolha de vocês acha que o problema é educação, mas eu vou pra escola para comer". Desse "choque de realidade" nasceu a campanha 1P5P, que reverte cada peça vendida em cinco pratos de comida disponibilizados para quem precisa. 

"Na minha rede social as pessoas não vem dizer que compraram uma roupa, mas que deixaram lá cinco, dez, quinze pratos de comida", comenta Rony.

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