Representantes do setor de transportes de passageiros estiveram reunidos com o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, e com técnicos da Secretaria de Estado da Saúde na manhã desta quinta-feira, 14, para debater sobre uma possível volta do transporte público em Santa Catarina. O presidente da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Everton Trento, esteve presente e classificou o encontro como “positivo”, afirmando que a decisão de retorno deverá ser tomada até sábado.
Os representantes do setor apresentaram as necessidades e dificuldades que vinham enfrentando com a paralisação dos ônibus e o governo estadual pontuou as preocupações referentes ao retorno. De acordo com Trento, a circulação do transporte Interestadual está mais perto de voltar em SC. “Será mais fácil a liberação do interestadual, porque tem um número menor de passageiros fixos”, colocou.
O governo do Estado deve se reunir ainda hoje com o Centro de Operações em Emergência em Saúde (COES) e analisar as propostas de retorno do transporte urbano destacadas pelos empresários do setor. “O governo irá montar um relatório, e deveremos ter um parecer até amanhã a tarde ou sábado. Querem entregar o relatório para o governador, que tomará a decisão de como será feito a liberação do transporte”, pontuou Trento.
Everton afirma que o governo reconheceu a necessidade do retorno do transporte coletivo, mas que exigem uma volta com mais segurança. “São necessidades básicas como uso de máscara, gel e higienização dos veículos, e nós temos condições de fazer isso”, ressaltou. Apesar de classificar o encontro como positivo, o presidente da ACTU afirma que ainda não há certeza do retorno.
“Ainda não temos a segurança e a certeza de que os ônibus municipais vão voltar. O interestadual temos quase certeza, mas o intermunicipal e urbano não temos segurança nenhuma. Está tudo na mão da comissão do Estado e do governador”, declarou.
Demissões
Em Criciúma, a suspensão de contrato que garante 70% do salário dos trabalhadores pago pelo governo, sendo os 30% restantes responsabilidade da própria empresa, termina somente no dia 15 de junho. Apesar disso, Everton destaca que há dificuldades para o pagamento destes 30%, já que não há renda nenhuma enquanto estão parados.
“Precisamos dessa decisão do governo para então tomar a decisão e ver o quadro dos colaboradores. Queremos saber onde que vamos buscar os 30%. Como pegaremos esses 30% se está tudo parado”, disse.