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Demissões e dificuldades: a realidade dos motoristas de ônibus na região

Na Amrec, transporte público urbano está paralisado desde 20 de julho

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 13/08/2020 - 11:05 Atualizado em 13/08/2020 - 11:06
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Os trabalhadores do setor do transporte público de Santa Catarina vem enfrentando algumas dificuldades desde o início da pandemia do novo coronavírus. Além de uma paralisação de quase três meses no estado, o segmento lida agora com uma nova parada que já vigora desde 20 de julho - e que tem resultado em demissões por parte das empresas.

Somadas as duas paralisações, já são 109 dias sem ônibus na região carbonífera - cenário que deve perdurar, inicialmente, até a próxima segunda-feira, 17. A situação preocupa o presidente do Sindicato dos Motoristas de Criciúma e Região, Clésio Fernandes, mais conhecido como Buba, que afirma que demissões já começaram a ocorrer. 

“Começaram as demissões no municipal, estamos preocupados agora com duas coisas: a doença e o desemprego. Fiquei desempregado uma vez nestes 30 anos de trabalho, e precisei de ajuda por oito meses. O pessoal fala mal dos ônibus, mas eles começarão a perder os seus empregos agora”, disse.

O sindicalista ainda faz duras críticas ao governador Carlos Moisés, dizendo que ele não tem ouvido os prefeitos e trabalhadores do setor antes de baixar os decretos de suspensão. Para Buba, a decisão de suspender ou não as atividades deveria ficar nas mãos dos prefeitos, assim como vinha sendo antes da nova paralisação do transporte.

Demissão próxima da aposentadoria 

O trabalho atenta ainda para casos em que pessoas que, com idade superior aos 50 anos de idade, estavam próximas de se aposentar e acabaram sendo demitidas, devido a difícil situação das empresas de transporte. As pessoas que estão sendo demitidas são mais velhas, que tem o caso da aposentadoria. Todo mundo achou que se aposentaria com 65 anos e, agora com 50 anos, estão desempregados. Onde mais vão arrumar emprego nessa idade?”, indagou.

Segundo o advogado, a demissão de pessoas que estão prestes a se aposentar vem sendo feita de maneira legal, já que a medida provisória que garantia as convenções coletivas e a estabilidade de um ano anteriormente a aposentadoria, perdeu sua vigência. “Tem empresas que estão fechando agora e já estão chamando os trabalhadores para conversar, porque não tem onde colocar. É uma realidade que nos preocupa bastante. Tem empresas que estão demitindo trabalhadores sem pagamento de verbas rescisórias, empresa que não pagou multa de 40% e sem aviso prévio”, ressaltou.

Sem servidores contaminados nos ônibus da região

Buba afirma que, até onde se sabe, ainda não houve nenhum funcionário do transporte público da região que acabou positivando para o novo coronavírus. “A gente não teve nenhum caso de Covid-19 que chegou para nós, isso que é mais de 1 mil funcionários, que trabalham nos ônibus indo e vindo e não contaminou ninguém, seja motorista ou cobrador”, disse.

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