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O Governo de Santa Catarina decretou situação de emergência por causa da infestação do mosquito da dengue. A principal preocupação é com a possibilidade de saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) em razão do alto número de casos da doença.
A medida foi confirmada na manhã desta quinta-feira (22), pela governadora em exercício, Marilisa Boehm (PL), pela secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto e pelo diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck. O decreto foi assinado em Joinville, cidade que concentra o maior número de casos e mortes pela doença.
A medida foi justificada pelos altos números de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti e de casos prováveis de dengue em Santa Catarina. O estado já registrou nove mortes.
O Sul do estado está entre as principais preocupações no momento, mas autoridades de saúde alertam que isso não pode ser motivo para descuidos. Deve-se evitar o acúmulo de água parada, que cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito.
Luta de toda a população
"Nós precisamos agora é a ajuda da população. Sem essa ajuda, não conseguiremos vencer o mosquito da dengue. Joinville é uma cidade em que chove muito, é uma cidade quente, então uma cidade propícia à multiplicação desse mosquito. Eu peço a toda a população que todos os dias dêem uma olhada nas suas casas", afirmou a governadora em exercício. O titula, Jorginho Mello (PL), está em missão oficial nos Emirados Árabes Unidos.
Além da assinatura do decreto, foram apresentadas as peças da campanha de comunicação do Governo do Estado que passaram a ser veiculadas nesta semana.
"A importância de um decreto de emergência é facilitar as ações do Governo do Estado em apoio aos municípios, para que a gente consiga ter um melhor controle do mosquito e também um atendimento adequado e rápido dos casos. A hidratação adequada desde o primeiro momento do diagnóstico diminui a evolução para casos graves e mortes”, enfatizou a secretária Carmen Zanotto.
Aumento de 650% nos casos
Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios, o que representa um aumento de 650% quando comparado ao ano de 2023. Considerando o atual cenário, além do decreto de emergência e da intensificação das ações, é fundamental que a população compreenda o risco de manter hábitos que permitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti.
"Por isso, é preciso um esforço conjunto entre o poder público e a população no controle do Aedes aegypti. Mais do que nunca, é fundamental verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença", reforça o diretor da Divisão de Vigilância Epidemiológica, João Augusto Brancher Fuck.
