A pressão é grande por parte de empresários do transporte coletivo sobre o governo do Estado de Santa Catarina. Desde o dia 18 de março com o serviço suspenso, representantes do setor reúnem-se com o governo nesta quinta-feira, 14. A tendência é de que o governador Carlos Moisés defina pelo retorno dos ônibus às ruas e rodovias catarinenses. É o que afirma o deputado estadual Luiz Fernando Vampiro (MDB).
"O governador me ligou ontem, no sentido de entender que chegou o momento para o estado de Santa Catarina apresentar a normatização para o transporte público municipal e intermunicipal. Apresentei para ele que éramos as únicas cidades do mundo a não ter transporte e havia muita irregularidade nos transportes contratados pelas empresas", disse Vampiro.
Assim, após uma primeira reunião com representantes do setor realizada na quarta-feira e uma movimentação no sentido de retorno do serviço na Alesc, Moisés pode decretar nesta quinta a volta do transporte coletivo em Santa Catarina.
"A expectativa que eu tive na ligação com o governador era de que ele sancionaria o PL da Assembleia. Tenho a perspectiva de que seria retornado imediatamente. Publicado hoje, acho que na sexta já volta o transporte intermunicipal e outorgando aos prefeitos que eles podem restringir, mas nunca abrandar. Aqui em Florianópolis é contra, em Criciúma sabemos que o Salvaro é a favor", apontou Vampiro.
O presidente da ACTU, Éverton Trento, está em Florianópolis para reunião com o governo do Estado, a partir das 10h desta quinta-feira. A expectativa do empresário é de que sejam definidas as diretrizes para funcionamento dos ônibus.
"Há uma necessidade de obrigatoriedade de uso de equipamentos e redução do usuário dentro do veículo, isso não se discute. Definir e fazer cumprir, inclusive com a presenção da Polícia Militar. Agora, uma coisa que tem deixar claro é que a redução de 50% do uso dentro dos veículos, também vamos bater na tecla de que haja redução da gratuidade. Idosos que vão para cima e para baixo vão tirar o lugar de quem tem necessidade", ponderou.
Éverton, no entanto, mantém a dúvida sobre o posicionamento do governador. "É uma incógnita. Quando ele fala que vai definir parte, a gente não tem nem noção do que é essa parte. Acredito que em cidades onde há volume maior da pandemia, deve acontecer uma redução. Essas regras, exigências, que a gente quer entender, discutir e se possível tomar decisão em conjunto", concluiu.