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A Unesc, respaldada por sua atuação comunitária em diversas frentes, tem como uma de suas bandeiras a preocupação e o cuidado com o meio ambiente. Neste sentido, entre as mais recentes contribuições institucionais está o compromisso assumido com a preservação da água.
Em 2023 a Universidade se torna a entidade executiva das ações em prol do fortalecimento das Bacias Hidrográficas dos Rios Araranguá/Mampituba, Urussanga, Tubarão e Complexo Lagunar na Região Sul de Santa Catarina. Um trabalho que inicia agora e merece ser comemorado nesta data em que se celebra o Dia Mundial da Água, dia 22 de março.
O compromisso assumido com as bacias se dá após a Instituição ter o seu projeto aprovado por meio do Edital de Chamada Pública nº 32/2022, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), dentro do Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas.
A iniciativa, que envolve a Unesc e as Bacias Hidrográficas dos Rios Araranguá/Mampituba, Urussanga, Tubarão e Complexo Lagunar na Região Sul de Santa Catarina, será lançada na próxima quinta-feira (30), em evento que ocorre a partir das 14h na Universidade. Na data, será apresentada a finalidade do projeto e como será a atuação da Universidade, além da participação de um palestrante e de um especialista em bacias hidrográficas para dialogar com os participantes.
Bandeira institucional
Falar de meio ambiente, para a reitora Luciane Bisognin Ceretta, é destacar uma temática intimamente ligada a toda a sociedade e, logo, diz respeito à Universidade Comunitária que abraça as causas da região. Ao estar envolvida junto às equipes que atuam nos comitês, conforme ela, a Instituição oferece importante contribuição ao propósito principal de promover ações embasadas cientificamente com foco na preservação. “Temos a certeza de que podemos contribuir de sobremaneira neste projeto. É um orgulho para nós, enquanto gestores e pesquisadores, podermos contribuir diretamente em causas deste tipo. Fazemos parte de uma união de esforços em nome do bem essencial que configura, inclusive, um direito fundamental, que é a água”, destaca a reitora.
Conforme Luciane, o diálogo será balizador do trabalho junto aos comitês para que as prioridades dos projetos estruturantes e a definição das ações realizadas sejam decididas de forma coletiva junto da comunidade envolvida.
Causa de todos
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão (Propiex), Gisele Coelho Lopes, diz que a Universidade entende que o futuro sustentável do Sul de Santa Catarina é uma causa de todos e que precisa ser refletida democraticamente sobre como faremos com um recurso essencial que é finito. “Portanto, como Instituição Comunitária estaremos juntos com as forças vivas da sociedade definindo as prioridades para a Gestão dos Recursos Hídricos nos próximos dois anos, mas sobretudo apoiando os comitês na viabilização dos encaminhamentos das ações”, fala.
Ainda, na opinião de Gisele, não há desenvolvimento sustentável sem o engajamento e comprometimento de todos. “A preservação da água é um compromisso daqueles que escolhem este lugar para construírem seus projetos de vida. Quando a sociedade se compromete com a causa da água, nossos filhos e as próximas gerações serão beneficiados. É preciso dialogar para encontrar um ponto de convergência sobre as possibilidades de preservação que combinem com um futuro sustentável. Todas as mudanças requerem consciência coletiva”, enaltece.
Trabalho orientado pela Carta de Cidades Inteligentes e Sustentáveis
Todo o trabalho desempenhado pela Unesc neste processo será orientado pela Carta Brasileira de Cidades Inteligentes e Sustentáveis, que constitui uma referência para utilização de pessoas e instituições engajadas com a melhoria na qualidade de vida dos municípios. No documento consta o conceito de cidades inteligentes para o Brasil e uma agenda para a transformação digital das cidades brasileiras na perspectiva do desenvolvimento urbano sustentável.
O coordenador geral da iniciativa, professor e pesquisador da Unesc, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, quem submeteu o projeto à Fapesc, salienta que a participação da Unesc enquanto entidade executiva, tem sido importante porque reforça a própria missão da Universidade, que visa a promoção da sustentabilidade e a melhoria da qualidade do ambiente de vida.
“A nossa presença junto aos três comitês de bacias hidrográficas busca o aperfeiçoamento nos processos. Tem foco também na perspectiva, por meio das bacias hidrográficas, no estabelecimento de prioridade no sentido de melhorar a qualidade, não só do ponto de vista dos recursos hídricos, mas envolvendo toda a questão ambiental e social, pois é um processo participativo e questão fundamental que é a água como fonte de vida”, enfatiza.
A busca pela recuperação, restauração dos ambientes e acesso à água de qualidade também é destacada. “Temos como uma questão fundamental o acesso à água como um direito. A água é um elemento central para o desenvolvimento de uma região em toda a sua plenitude, não somente econômica, mas social”, pontua.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, Lourenço Zanette, afirma que a retomada dos trabalhos neste ano chega com grandes expectativas para continuidade das ações internas, bem como para que novos planos e metas sejam tratados dentro do Comitê. “Este contrato deverá trazer um novo ânimo para a gestão dos recursos hídricos, uma vez que ações e estudos para as águas subterrâneas já estão previstas para serem feitos e novos projetos estão sendo preparados. Fico muito grato por participar deste momento dentro do comitê e espero que tenhamos avanços significativos”, cita.
A opinião do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Tubarão e Complexo Lagunar, Woimer José Back é semelhante. “Retomar as atividades após o período de inúmeros desafios vivenciados nos últimos anos é bastante renovador. Ainda mais com a Unesc, uma universidade qualificada e empenhada para atuar junto conosco. Acredito que vamos viver novos momentos pela frente e que vamos avançar com essa nova parceria, sempre cientes dos desafios que temos em nossa bacia, que são muitos, principalmente no que diz respeito às inundações”, ressalta.
A expectativa da presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga, Lara Possamai Wessler, para o trabalho a ser desenvolvido no decorrer de 2023 é positiva. “Nós sabemos da capacidade e do conhecimento que todas as pessoas envolvidas com essa nova Entidade Executiva possuem. Então esperamos que seja um ótimo ano e contamos que o trabalho faça o Comitê alçar novos e grandes voos”, observa.
