A diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) retomou na noite desta segunda-feira, 25, suas atividades. A primeira reunião do ano foi marcada pela participação do presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, e da equipe de trabalho da companhia, com a presença do diretor de distribuição, Sandro Ricardo Levandoski, da gestora do Núcleo Sul, Bárbara Kelly Citadin, e do gerente da Divisão Técnica de Criciúma, Zulnei Casagrande
“É muito importante essa aproximação da Celesc no intuito de escutar as demandas dos empresários da região, especialmente no que diz respeito ao planejamento estratégico para os investimentos. No ano passado, devido à pandemia, tivemos dificuldades em realizar os encontros presenciais”, pontua o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, que apresentou os indicadores da companhia.
Conforme Martins, nos últimos dois anos, a Celesc investiu no Estado o montante de mais de R $1,3 bilhão, sendo R$ 780 milhões para o sistema de distribuição. “Aumentamos quase 50% os investimentos nos últimos dois anos, buscando resgatar a confiabilidade do sistema elétrico, que ainda carece de investimentos. Para o Núcleo Sul, foram investidos R$ 106 milhões e alguns investimentos ainda estão ocorrendo. Estamos com projetos para duas novas subestações, uma em Capivari de Baixo, que está em licenciamento ambiental, e outra em Araranguá, com previsão para que a licitação ocorra ainda este ano e com expectativa de operação para o próximo ano”, informa o presidente da Celesc.
Demandas da região
Os empresários da diretoria da Acic expuseram ao presidente da Celesc algumas demandas da região com relação à agilidade nos processos internos, aumento do fornecimento de energia elétrica para a Cerâmica Ceusa, de Urussanga, e para as empresas cerâmicas localizadas na Rodovia Jorge Lacerda, e a atual situação do setor carbonífero.
A diretoria da entidade empresarial também reforçou apelo para que a companhia agilize o processo de fornecimento de energia para a região de Araranguá, que já deixou de receber novos investimentos pela carência no fornecimento de energia elétrica, assim como também solicitou agilidade na implantação do sistema de iluminação da Via Rápida.
“Agradecemos e parabenizamos a iniciativa da Celesc em ouvir as demandas dos empresários da região. Essa aproximação é fundamental para que possamos debater pleitos e dificuldades dos setores econômicos, especialmente com relação ao fornecimento de energia elétrica, trabalhando de forma integrada em prol do desenvolvimento do Sul”, destaca o presidente da Acic, Moacir Dagostin.
Setor carbonífero
As dificuldades enfrentadas pelo setor carbonífero, com o anúncio da desativação da Usina Termelétrica Jorge Lacerda, de domínio da Engie Brasil Energia, também foram reforçadas. O vice-presidente da Acic, Valcir Zanette, também presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), enalteceu a importância da Celesc na busca de alternativas.
“A Engie, por meio dos seus acionistas, está descarbonizando, e pretende realizar a venda ou a paralisação da usina. Diante disso, temos realizado inúmeras reuniões envolvendo o Estado de Santa Catarina, o Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, e os poderes Executivo e Legislativo, com o intuito de conscientizar sobre a importância desse segmento, que representa mais de 80 mil empregos e R$ 6 bilhões/ano de movimentação financeira”, coloca o vice-presidente da Acic. “O presidente da Celesc foi indicado pelo Governo do Estado para coordenar este processo, ele está bastante envolvido. Agradecemos o seu envolvimento e a condução em favor do segmento”, completa Zanette.
Martins destacou a aproximação que está sendo realizada junto ao Ministério de Minas e Energia e a importância da usina para a cadeia produtiva do setor em toda a região. “O ministro está empenhado em encontrar uma solução e na reunião que tivemos, recentemente, em Brasília, ratificou este compromisso”, salienta o presidente da companhia.
Participaram ainda da reunião o assistente de Relações Institucionais da Celesc, Eduardo Goulart Scalabrin e a assistente de comunicação, Márcia Carvalho.