A atual presidência do Sindicato dos Mineiros de Criciúma e Região publicou um edital convocando seus filiados para a assembleia de criação da Comissão Eleitoral para o processo das eleições da próxima diretoria da entidade. Contudo, a diretoria tentar barrar o edital, afirmando que o edital foi publicado "às escondidas" pela atual presidência, sem o conhecimento da diretoria administrativa e nem mesmo dos trabalhadores.
Conforme o atual tesoureiro do Sindicato, Leandro Formentin, o atual presidente, Djonatan Elias - o Piriguete, publicou um edital convocação a criação da comissão eleitoral na sexta-feira, 9, após o horário do expediente, sem o consentimento da diretoria. A data para a assembleia que cria a comissão eleitoral está marcada para quinta-feira, 15.
"O presidente publicou um edital na sexta. Eu fui ao sindicato no sábado de manhã e vi no mural. Fui em algumas empresas da base e não tem nem o edital no mural. Então os trabalhadores saíram do trabalho na sexta e só voltam na terça-feira, 13, e não tem tempo hábil para se cadastrar na plataforma virtual, para participar do processo, que tem um processo de 48 horas", contou à reportagem do 4oito.
Segundo o tesoureiro, o edital não tem conhecimento da diretoria. "Ninguém tinha conhecimento, pois foi depois da hora do expediente. Isso foi feito às escondidas e quem sai prejudicado é o trabalhador. O trabalhador tem que participar, mas com tempo hábil possível", contou.
Tesoureiro tenta barrar o processo
O tesoureiro do Sindicato já tenta barrar o edital, tomando todas as medidas cabíveis. "A comissão eleitoral é formada por três pessoas e elas que coordenam as eleições. Isso acaba prejudicando a votação. O presidente vai para a reeleição e assim com o edital às escondidas vai fazer parte só os parceiros dele", comentou. "Eu sou tesoureiro da chapa, mas sou contrário a essa ação do presidente", completou.
Conforme o advogado, Alexandre Barcelos João, eles já estão protocolando a medida liminar para barrar o edital de convocação para a assembleia. "O estatuto funciona assim: você pode convocar a assembleia para daqui 30 dias, ou 15 dias, mas não pode menos que três dias. Ele publicou na sexta-feira e publicou em um jornal eletrônico na internet, com pouco acesso dos trabalhadores. Como o trabalhador parou na sexta, não trabalhou no fim de semana, não trabalhou no feriado, vai voltar na terça-feira e terá só um dia para se preparar para a assembleia. Pode fazer a assembleia, mas respeitando o prazo razoável", explicou.