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Dívida de R$ 32 milhões pode levar Cribus a romper contrato com prefeitura

Contas foram expostas em reunião do Conselho Municipal de Transporte, nesta terça-feira (05)

Por Fernanda Zampoli Criciúma, 05/11/2024 - 10:49 Atualizado em 05/11/2024 - 12:21
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Uma dívida da prefeitura de Criciúma, de R$ 32 milhões, pode levar o Consórcio Cribus, concessionária do transporte público da cidade, a romper o contrato. A empresa revelou o preocupante déficit tarifário acumulado, e que pode comprometer a continuidade dos serviços, em reunião do Conselho Municipal de Transporte, com representantes do Executivo, na manhã desta terça-feira (05), na sala de reuniões do Conselho, no Paço. Conforme o advogado da empresa, Anderson Nazário, esta não é alternativa de primeiro momento, ainda que estejam fazendo a prefeitura cumprir uma ordem Judicial para que os valores sejam quitados. "Estamos preocupados com a possibilidade de uma rescisão contratual, como aconteceu em Tubarão que já foi inclusive autorizado pelo Poder Judiciário, dada a gravidade da situação que lá já se instalou", salientou. 

O déficit tarifário, segundo Nazário, é calculado a partir do número de passageiros que utilizam o transporte público, multiplicado pelo valor da tarifa. No entanto, a tarifa correta não foi aplicada, com a prefeitura cobrando um valor menor do usuário, resultando em uma cobrança inferior ao valor acordado no contrato. "Essa discrepância gerou um acúmulo de R$ 32 milhões que deveria ser pago pela prefeitura, mas que, até o momento, não foi", sublinhou. [o texto segue após a imagem]
 

Contas foram expostas em reunião do Conselho Municipal de Transportes - Foto: Fernanda Zampoli/Portal4oito


 

Ele ressaltou que, apesar de já terem sido adquiridos 40 novos veículos, a empresa ainda não recebeu o montante necessário para a manutenção e a ampliação da frota. Nazário também destacou que, em 2024, a prefeitura havia previsto um subsídio mensal de R$ 300 mil, mas o valor não foi repassado em sua totalidade. “A empresa já recorreu à Justiça e obteve uma decisão judicial determinando o pagamento, que ainda não foi cumprido pela administração municipal", frisou. 

Por outro lado, conforme o presidente do do Conselho Municipal de Transporte, Clésio Fernandes, o Buba, a prefeitura expôs um cálculo que apresenta um valor de R$ 15 milhões devidos. A divergência resultou  como deliberação uma nova reunião, marcada para o dia 19 de novembro. "A gente tem uma preocupação de o transporte de Criciúma quebrar, que nem Camboriú, em alguns municípios de Santa Catarina. Então a gente está acompanhando o contrato novo que foi feito agora pelo prefeito Clésio Sabaro, que tem as suas regras e estão sendo praticamente descumpridas. Além disso, um fala um valor, o outro fala outro então pedimos para que eles façam um um novo cálculo para apresentar pra nós dia 19", reforçou. 

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