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É unânime: segmentos aprovam desobrigação do uso de máscara

Representantes do transporte, comércio e gastronomia de Criciúma veem com bons olhos a medida, mas, por outro lado, pedem cautela da população

Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 11/03/2022 - 16:25 Atualizado em 11/03/2022 - 16:45
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom

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A desobrigação do uso de máscaras é uma realidade no território catarinense a partir deste sábado, dia 11. Para alguns segmentos, a medida deve ser benéfica, uma vez que a fiscalização deixará de ser uma exigência no Estado. Em Criciúma, dos setores que se manifestaram à reportagem, todos veem com bons olhos a flexibilização. 

De acordo com o analista administrativo da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Vilson Amaral, enquanto obrigatória, a medida foi cumprida pelos passageiros. “Pouquíssimas pessoas andaram sem máscara, de acordo com a atual demanda que a gente tem. Teve um caso ou outro, que utilizavam embaixo do queixo. O motorista não tem como monitorar, mas nos terminais não víamos usuários sem. Agora que estamos começando a  observar, em função dessa nova regra”, comenta. 

Ainda conforme Amaral, não há uma definição concreta a respeito de como será após o decreto. “A diretoria deve analisar primeiro, para depois tomar qualquer decisão. Não sabemos se eles vão querer exigir, por exemplo, o uso pelos motoristas e funcionários”, explica o analista administrativo. “Mas, referente aos passageiros, de um modo geral, o pessoal obedeceu às regras sanitárias. Eles entenderam a necessidade e dificilmente alguém não estava utilizando”, acrescenta. 

Foto: Vitor Rizzatti / 4oito / Arquivo

O setor gastronômico

Um dos setores mais afetados nesses dois anos, foi o gastronômico. Com medidas que inviabilizaram o atendimento pleno no início da pandemia, muitos empresários viram seus negócios em uma situação delicada. Conforme dados recentes do Estado, o cenário persiste para alguns. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 68% dos estabelecimentos em Santa Catarina estão endividados, desses, 18% não conseguem pagar as dívidas atualmente. 

Gradualmente, os bares e restaurantes estão conseguindo se reerguer. Com a flexibilização de algumas medidas sanitárias, o atendimento é, aos poucos, normalizado. Por isso, a desobrigação do uso de máscaras é vista com otimismo pelos empresários. “As pessoas vão ficar um pouquinho mais à vontade para consumir. Vemos com bons olhos, desde que os consumidores mantenham a vacinação, o controle, e que tenham conscientização”, comenta o presidente da Via Gastronômica de Criciúma, Joster de Favero. 

Joster Favero e o impacto da queda das máscaras nos bares e restaurantes / Arquivo / 4oito

Desgastante. Assim, define o presidente do segmento referente à fiscalização do uso de máscaras em bares e restaurantes. “Foram períodos muito tensos e desconfortáveis. A principal questão era a dificuldade de fiscalizar o cliente, principalmente, no começo da pandemia”, finaliza Favero. 

Comércio também aprova a medida

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, Tiago Marangoni, aprova a desobrigação do uso de máscaras. “A liberação vai ser muito positiva para as pessoas que trabalham na área de vendas e comercial. O sorriso e as expressões faciais são importantíssimos para melhorar nossa comunicação e, consequentemente, fechar negócios. É a volta da humanização dos processos, das demonstrações de sentimentos e da normalidade”, comemora. 

Presidente da CDL comemora a medida / Arquivo / 4oito

Marangoni reforça o pedido para que os empresários do município sigam as leis e os decretos. “O lojista sempre foi um cumpridor dessas regras e mostramos ao Estado que não fomos o vetor de contaminação da Covid-19. Isso nos dá clareza para dizer que não concordaremos com nenhum possível lockdown no futuro”, afirma. “Além disso, ficamos felizes que os números mostram que a pandemia tem caminhado para o fim”, acrescenta. 

Com o decreto, o uso de máscaras passará a ser uma recomendação e não mais uma obrigação pelo Estado.

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