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Em tempo de Covid, como educar?

O debate do Agora, na Som Maior, trouxe à tona o drama de professores, alunos e pais perante ao coronavírus

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 09/09/2020 - 17:33 Atualizado em 09/09/2020 - 17:35
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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Um semestre inteiro faz a diferença em sala de aula. É todo o aprendizado de um ano que, em tempos difíceis, pode ir por terra. É o que está acontecendo com o já comprometido ano letivo de 2020. Quando os professores estavam conhecendo os alunos, e os estudantes enturmavam-se com o que estava por vir, veio o Covid-19 e, com ele, a realidade das escolas vazias e das salas de aula às moscas. O duro desafio de fazer educação e projetar o futuro dela em meio a uma pandemia, ainda com desdobramentos imprevisíveis, marcou a pauta do programa Agora desta quarta-feira, 9, na Rádio Som Maior.

"Somos 20 escolas de Educação Infantil em Criciúma, 43% delas perderam de 80 a 100% da arrecadação, 31% perderam de 60 a 80% do faturamento. Uma já fechou formalmente, outras três estão se encaminhando para fechar as portas, é uma crise muito aguda no setor", revela a psicopedagoga e administradora do Centro de Educação Infantil Tiquinho de Gente, Maria Cristina Pizzolo. "E o pior, tem gente que improvisou em casa pontos de atendimento para oito, dez crianças, funcionando como escolas clandestinas. Já denunciamos, mas ainda tem algumas operando", relata.

Maria Cristina e a realidade da Educação Infantil

Maioria no online

Professora na rede estadual de ensino, no Colégio Lapagesse, Cristiane Dias coloca em números o esforço que tem se feito na sua unidade, e nas demais, para dar conta do ensino remoto, enquanto as aulas presenciais não são autorizadas pela Secretaria de Saúde. "São 750 alunos no Lapagesse, 680 estão fazendo as aulas online, 61 estão apanhando o material impresso, sete alunos optaram por não participar e dois não tivemos notícias", refere. 

Cristiane Dias e o esforço da rede estadual

A preocupação reside, também, na relação ensino-aprendizagem pensando no futuro. "Foi um processo muito novo para todos", reconhece Cristiane, que aponta preocupação sobre como será lidar com os estudantes no retorno das aulas, programado pelo Estado para 13 de outubro. "Ainda não sabemos como vamos lidar, por exemplo, com esse sistema híbrido, de parte dos alunos em casa e parte na escola. E se um pai levar à escola o filho na semana que ele tiver que ficar em casa? Como fazer?", questiona a professora.

Confira também:

Estado lança plano de volta às aulas em 13 de outubro

A volta dos pequenos

Na Educação Infantil, a professora Maria Cristina lembra que, em outros estados, as aulas já voltaram com garantias e sem riscos para as crianças. "Teremos turmas com cinco crianças e três professores, muito tranquilo para administrar", garante. "E as regras colocam a obrigatoriedade de máscara a partir dos 3 anos. Muitas vezes, as crianças são mais disciplinadas para o uso da máscara que os adultos", comenta.

Mães de alunos manifestaram, ao longo do programa, posições a favor e contrárias à retomada das aulas durante a pandemia. "Meu filho vai continuar estudando em casa, enquanto isso tudo não passar", afirma Valéria Machado Bittencourt, mãe de um aluno de 7 anos da Escola Hercílio Amante. "Eu trabalho o dia todo e entendo que é hora de voltar às aulas na escola. Meu filho está até com problemas psicológicos de não ver mais os colegas e não conviver na escola. Ele quer voltar logo", contrapõe Gládis Dagostin, mãe de um aluno de 11 anos de uma escola privada de Criciúma.

Confira, no podcast, a íntegra do programa:

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