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O Empreende SC terminou na noite desta sexta-feira e já deixou o público na expectativa para 2026. A nova edição está confirmada para abril do ano que vem, novamente na AM Master Hall, em Criciúma. A estimativa da organização é reunir 2,5 mil participantes, com 80 expositores na Feira de Negócios e uma rodada de negócios promovida pelo Sebrae, fortalecendo ainda mais as conexões entre empresas, startups e investidores.
Para o organizador Fernando Sabino, o evento vem se consolidando como um dos principais pontos de encontro de inovação e empreendedorismo no Sul brasileiro. “O Empreende SC é feito de pessoas que acreditam no crescimento, na troca de ideias e no poder das conexões. Neste ano, batemos vários recordes e, em 2026, vamos surpreender ainda mais. Nossa intenção é ampliar as experiências, trazer novas oportunidades e continuar construindo um evento que transforma negócios e vidas”, destacou.
Com seis palcos simultâneos, Feira de Negócios e uma programação intensa, o evento ofereceu conteúdos para todos os perfis de público, abordando temas como marketing digital, inovação, gestão, liderança, tecnologia, saúde mental e diversidade. Outro destaque foi a Batalha de Startups, que movimentou a plenária com dois pitches de negócios. A disputa iniciou com 30 startups inscritas, que passaram por diversas etapas de avaliação até que as finalistas fossem selecionadas para se apresentar no palco principal: a Darwin Saúde e a EasyAlert.
Após uma disputa acirrada e votação aberta ao público, a EasyAlert foi consagrada como vencedora da edição. A startup, que desenvolveu uma plataforma moderna e intuitiva para gestão de manutenções em condomínios, conquistou os jurados e a plateia ao apresentar uma solução capaz de otimizar processos, reduzir custos e aumentar a vida útil dos empreendimentos residenciais e comerciais.
Grandes nomes marcaram o último dia do Empreende SC
O segundo dia do Empreende SC foi marcado pela presença de grandes nomes do mercado, que dividiram com o público aprendizados sobre negócios, comportamento, tecnologia, cultura e propósito. Durante a manhã, a gerente de marketing para pequenas e médias empresas do TikTok América Latina, Beatriz Tolezano, destacou o potencial da plataforma para a estratégia das marcas e reforçou a importância de se comunicar de forma autêntica e participativa, construindo um relacionamento real com o público.
“O TikTok não é uma rede social tradicional; ele funciona como uma plataforma de entretenimento baseada em relevância. Isso significa que você não precisa de milhões de seguidores para ter um conteúdo viral — se for relevante, ele alcança as pessoas certas”, explicou. Beatriz também apresentou dados que mostram como os usuários estão cada vez mais utilizando a rede como ferramenta de busca, transformando-a em uma vitrine poderosa para produtos, serviços e ideias.
Logo depois, o comunicador e jornalista Luciano Potter prendeu a atenção do público com uma apresentação sobre comportamento, tecnologia e relações humanas. Com bom humor e muita memória afetiva, Potter fez um resgate das mudanças de consumo das últimas décadas, mostrando como a adaptação às novas tecnologias molda comportamentos e define o sucesso das empresas.
“A indústria fonográfica, por exemplo, não entendeu a revolução digital. Já a indústria dos games soube escutar, evoluir e se conectar com o público. Essa é a diferença entre quem escuta e quem ignora os sinais do tempo”, pontuou. Ao longo da palestra, Potter mesclou histórias pessoais, reflexões sobre ética e empatia e exemplos de como a conexão com o outro — seja no ambiente de trabalho, na vida pessoal ou nas redes — é o que sustenta os negócios. “A nossa expectativa de vida está aumentando e, se vamos viver mais, vamos precisar escutar mais. A escuta é revolucionária. E empreender também é saber ouvir.”
Na sequência, Luis Justo, CEO da Rock World, empresa responsável pelo Rock in Rio, trouxe uma verdadeira aula sobre inovação, cultura organizacional e experiência do cliente. Justo compartilhou os bastidores da criação do maior festival de música do mundo, destacando a importância de entender que o público não compra apenas ingressos, mas sim experiências. “O nosso negócio não é vender bilhetes para ver um show; e sim proporcionar momentos inesquecíveis através da música e do entretenimento”, explicou.
Para finalizar o cronograma de atividades e palestras, o fundador da Reserva, Rony Meisler, subiu ao palco para compartilhar sua trajetória empreendedora. Na oportunidade, ele destacou que o empreendedorismo precisa ser vivido com propósito e valorização dos pequenos gestos diários — e não apenas buscando grandes revoluções. “Inovação não é mandar foguete para a lua. Inovação é resolver problemas reais, todos os dias. É olhar para onde ninguém está olhando e fazer muito bem-feito”, ressaltou, ao complementar: “a matéria-prima da inovação não é a tecnologia. É a audição. Quanto mais a gente escuta, mais a gente entende o que precisa ser transformado”.
