Embora o governador Carlos Moisés tenha dado esperanças para o setor de transporte público, com a informação anunciada nesta quarta-feira, 27, de que os municípios e regiões estarão liberados para deliberar sobre retomada dos serviços a partir da próxima segunda-feira, 1, lideranças do segmento ainda seguem preocupadas. "Não sabemos de nada. O governador não abre nada. Não passou as normativas pretendidas para a liberação do transporte", apontou o presidente da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Everton Trento.
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Enquanto isso, o setor continua em dificuldades, com as empresas paralisadas faz dois meses. Trento revelou que 2,2 milhões de passageiros já deixaram de ser transportados, o que gera um grande impacto negativo para a operação das empresas. "Temos mais de 90% dos nossos mais de 500 funcionários das empresas da ACTU em suspensão de contrato", lembrou.
Ainda sobre os critérios para voltar ao trabalho, a ACTU ajudou na elaboração de uma planilha com recomendações de convivência, controle de quantidade de passageiros nos ônibus e respeito às normas de distanciamento social e proteção constante, para que o Estado trabalhasse em um caderno de encargos para as empresas. “Tivemos que enviar uma planilha para o Governo do Estado que eles têm que aceitar, mas até agora não recebemos nenhum retorno”, observou. "Cada região terá uma normativa conforme os seus casos de Covid-19. E como aqui na região os números são expressivos em relação ao resto do estado, estamos na expectativa do que nos será repassado", sublinhou.
No dia 12 de abril a prefeitura de Criciúma editou um decreto no qual especificou normas para a volta do transporte, quando ocorrer. Entre as propostas, 50% das rotas e horários com no máximo 50% da lotação dos ônibus, álcool gel nos veículos e uso de máscaras por motoristas, cobradores e passageiros.