Uma doença rara que virou tema de filme. A Síndrome de Treacher Collins, que é vivenciada pelo personagem Auggie Pullman, no filme Extraordinário, ultrapassa as telas do cinema e atinge pessoas na vida real, com um caso a cada 50 mil nascimentos. Por se tratar de uma condição genética, que atinge principalmente os ossos do rosto, o pequeno garoto precisa aprender a lidar com o bullying e acaba se tornando o herói da escola.
O médico psiquiatra Rafael Arceno fala sobre a importância de filmes com temas do tipo. “É muito positivo. A síndrome pode ser rara, mas os impactos são grandes. Ajuda a diminuir os preconceitos”.
De acordo com o médico, em 60% dos casos a Síndrome de Treacher Collins é originada após mutações no feto, sem a incidência de casos na família. “Com um bom pré-natal, já pode desconfiar durante os ultrassons. Assim oferecer um parto mais seguro, evitando que a criança tenha mais problemas de saúde”, explicou.
No filme, Auggie Pullman passa por mais de 20 cirurgias, com o objetivo de melhorar a aparência. Algumas delas podem ter grande risco, mas são fundamentais para a saúde do portador da síndrome.
“Toda cirurgia apresenta um risco. Pode ter alguns graus muito leves, que dificultam o diagnóstico, desde a situações muito graves, que podem levar a fatalidade se não for corrigido com procedimento cirúrgico”, contou o médico.