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Entidades se manifestam contra liberação de máscaras para crianças (VÍDEO)

Consultor da FECAM pontua que Secretaria de Saúde informou que não haveria liberação e, horas depois, o decreto foi emitido pelo Estado

Por Denis Luciano Florianópolis, SC, 08/03/2022 - 07:48 Atualizado em 08/03/2022 - 07:50
Jailson Lima, consultor em Saúde da FECAM / Divulgação
Jailson Lima, consultor em Saúde da FECAM / Divulgação

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Entidades que integram o Centro de Operações em Emergência em Saúde (COES) assinaram nota conjunta repudiando a decisão do Governo do Estado de liberar crianças de até 12 anos do uso de máscaras em Santa Catarina. "Nos últimos dois meses, de acordo com nota técnica da Secretaria de Saúde, houve incremento de 1.209% de casos de Covid em crianças de 0 a 11 anos e 1.433% de internações em leitos de UTI nessa faixa", comentou o consultor em Saúde da Federação Catarinense dos Municípios (FECAM), Jailson Lima. "Essa decisão precisa ser revista", declarou.

Lima comentou que, além da FECAM, assinam a nota de repúdio ao decreto do governador Carlos Moisés o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e o Sindicato dos Farmacêuticos, que integram o COES. "Não sabemos ainda a trajetória da patologia e também se surgirão novos casos de Covid, principalmente pós Carnaval, a gente sabe que houve Carnaval no país inteiro", salientou.

O consultor, que é ex-deputado, comentou ainda que chamou a atenção, na última semana que o decreto foi emitido no mesmo dia em que a Secretaria de Saúde informou que não haveria qualquer decisão nesse sentido. "Tivemos uma reunião e, surpreendente, nessa reunião foi dito pela secretaria que não se emitiria um decreto desse, e no fim do dia o decreto estava pronto. Estamos pedindo uma audiência pública na Comissão de Saúde da Alesc para discutir isso", reforçou. Assista no vídeo o pronunciamento do consultor em Saúde da FECAM.

Leia abaixo a nota conjunta das entidades:

Manifesto Técnico de entidades participantes do COES e outras instituições relacionadas com decreto governamental que desobriga o uso de mascaras em escolas.

 

As entidades que compõem o Centro de Operações em Emergência em Saúde vêm manifestar o posicionamento dos membros no sentido da MANUTENÇÃO da obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos, sobretudo em escolas. Apesar da ansiedade da população em abandonar essa medida sanitária preventiva, há coberturas vacinais insuficientes para que o registro de casos de covid-19 não volte a aumentar rapidamente. Ainda não se sabe o impacto que o carnaval pode ter gerado na transmissão de casos, a cobertura vacinal entre as crianças ainda é baixa em primeira dose, e poucas delas já tem o esquema completo, além da percebida resistência de diversos pais em vacinar seus filhos, em decorrência de desinformação científica e posicionamentos negacionistas de parte da sociedade.

 

Importante considerar que o decreto de emergência permanece em vigor e o Decreto Estadual nº 1.769/2022 é incoerente com o risco sanitário apontado pelo Mapa de Risco atualizado em 26/02/2022. Cabe ressaltar que normativas e orientações contraditórias dificultam o entendimento e prática de vigilância pelos profissionais e clareza da sociedade sobre a real situação da pandemia. Por conta disso, os membros do COES manifestaram-se na última reunião (02/03/2022 pela manhã) no sentido de que a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos, principalmente nas escolas devesse ser mantida. 

 

Portanto, considerando o aumento de 1.209%, de casos de Covid-19 confirmados e de 1.433% de internações em leitos de UTI em crianças de 0 a 11 anos nos últimos dois meses e ponderando sobre a insegurança do trajeto epidemiológico nas próximas semanas, pede-se que haja maior transparências entre as decisões de gestão e os fóruns de debates criados com finalidade técnica. Essas decisões impactam diretamente na organização do trabalho e na vida das pessoas, restando às pessoas e entidades responsáveis pela saúde dos catarinenses o manejo de tal contrariedade.

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