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As escolas da rede municipal e ensino de Criciúma realizaram, ao longo desta semana, uma série de ações alusivas à Semana Municipal de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entre as atividades sugeridas pela Secretaria Municipal de Educação, as unidades escolares promoveram debates, palestras, seminários, distribuição de material informativo e exibição de vídeos.
"Destacamos a importância de fornecer orientações sobre acolhimento, empatia, tratamento, bem como o apoio e o respeito à criança/estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em todos os ambientes e nas atividades realizadas nas unidades de ensino do município", ressalta o secretário municipal de Educação, Celito Cardoso.
Na Escola Municipal de Educação Básica Polo de Surdos (EMEPS), Profª. Maria de Lourdes Carneiro, no bairro Vila Francesa, os alunos participaram de dinâmicas, palestras de sensibilização, receberam materiais informativos e, também, puderam tirar fotos com os colegas no mural especial montado no pátio da escola. "As crianças já reconhecem os colegas que têm necessidades especiais, mas nessa semana, em especial, estamos trabalhando um pouco mais o tema com as famílias e com a comunidade onde a escola está inserida", explica a professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), Elaine Marques.
Qual o segredo da inclusão?
A EMEBPS Profª. Maria de Lourdes Carneiro possui uma sala de recursos para o atendimento às crianças com necessidades especiais e promove atividades para a orientação da família e dos professores. "Na escola já realizamos esse trabalho de conscientização com os alunos para que todos compreendam que o autismo não é uma doença, mas, sim, que o coleguinha percebe o mundo de forma diferente, que precisa de uma rotina diferenciada. Esse entendimento gera empatia e faz com que a inclusão aconteça. Além disso, a educação inclusiva trabalha a questão pedagógica, com atividades diferenciadas para essas crianças", esclarece a professora.
Nesta semana, a professora organizou uma dinâmica com as turmas: a caixa do segredo. Uma atividade lúdica para ensinar os alunos sobre empatia. "A pior barreira a ser quebrada é a atitudinal, construir uma rampa ou um banheiro adaptado é relativamente fácil, assim a barreira da acessibilidade é quebrada. No entanto, para romper o preconceito é preciso informação. Quando você conhece, convive com o autista, vem o amor, com o diálogo é possível mudar a atitude, é esse o trabalho de uma escola inclusiva", finaliza a professora.
Evento para os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde
Durante o Abril Azul, mês de conscientização sobre o Autismo, a Secretaria Municipal de Saúde promove, também, uma série de atividades. Nesta quinta-feira (6), foi realizado, no auditório da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), um encontro com o tema "Mais informação, menos preconceito". "Realizamos esse evento para a sensibilização dos profissionais de saúde sobre o acolhimento e o atendimento às pessoas que se encontram no espectro do autismo. Ainda existe uma grande fragilidade nesse atendimento até por conta da não identificação dessa condição", explica a coordenadora da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Losso.
O encontro contou com apresentações culturais de usuários e profissionais do SUS, e a palestra da neuropsicóloga e autista Débora Lia Panato. "Precisamos falar sobre essa condição especial de estar no mundo e mostrar que são pessoas de direitos, como qualquer cidadão. Assim com sensibilidade e conhecimento, podemos melhorar ainda mais, a qualidade do serviço prestado", enfatiza a coordenadora.
