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Especializada em fraudes bancárias em gerenciadores financeiros, organização criminosa é desarticulada em SC e mais 12 estados

Foram cumpridos 64 mandados de busca e apreensão durante a operação

Por Redação Criciúma, 10/10/2024 - 11:34 Atualizado em 10/10/2024 - 11:46
Foto: Divulgação/ PCSC
Foto: Divulgação/ PCSC

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A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Divisão de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI/DEIC), deflagrou nesta quinta-feira (10) a Operação BitTrack, uma ação coordenada para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias em gerenciadores financeiros. 

A investigação revelou que os valores subtraídos tinham origem em uma prefeitura de uma cidade de Santa Catarina e foram repassados para criminosos operando em outros Estados, com o objetivo de financiar atividades ilícitas.

Durante a operação, foram cumpridos 64 mandados de busca e apreensão em 13 diferentes Estados brasileiros, restando apreendidas diversas hardware wallets, apreendidas Seed Phrase (ou frase semente) que possibilitaram a recuperação de carteiras criptos através da ferramenta Reactor da Chainalysis possibilitando o acesso e transferência de criptomoedas no valor de aproximadamente USD 2.000,00 para a carteira institucional da PCSC na Exchange Foxbit. 

Foram também apreendidos R$ 310.000,00 em espécie, que resultaram na prisão em flagrante de dois investigados pelo crime de ocultação de valores, nos Estados do Mato Grosso e Paraná.

A organização criminosa utilizava contas de laranjas para converter os valores subtraídos em Bitcoins, transferindo esses ativos digitais para carteiras privadas na blockchain, dificultando o rastreamento e ocultando a origem ilícita dos recursos. No entanto, graças ao uso da ferramenta de rastreamento e inteligência de blockchain da Chainalysis, a DRCI foi capaz de rastrear os Bitcoins até os endereços de carteiras pertencentes à cúpula da organização criminosa.

As medidas judiciais adotadas incluíram:
•    Indisponibilidade de veículos
•    Bloqueios de contas bancárias
•    Bloqueio de criptoativos
•    Sequestro de bens e valores
•    Apreensão de dispositivos informáticos, que serão submetidos à perícia para aprofundar as investigações.

A cúpula da organização criminosa (ORCRIM) é composta por indivíduos que já possuem condenações por crimes semelhantes aos investigados na Operação BitTrack, tais como:
•    Invasão de dispositivo informático
•    Furto mediante fraude
•    Lavagem de capitais
•    Organização criminosa

A Operação BitTrack é um exemplo de atuação conjunta das forças de segurança pública e inteligência, utilizando tecnologia avançada e estratégias integradas para combater o crime organizado. A colaboração entre a Polícia Civil de Santa Catarina, a Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado, e o Laboratório de Operações Cibernéticas demonstra o compromisso em proteger o sistema financeiro e as instituições públicas e privadas contra atividades ilícitas.

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Colaboração: PCSC

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