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Estiagem de março pode trazer problemas para o setor agrícola

Falta de chuva traz problemas para bananicultura, assim como para quem cria gados

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 12/03/2020 - 11:55 Atualizado em 12/03/2020 - 11:55
Foto: divulgação / reprodução
Foto: divulgação / reprodução

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A falta de chuva dos últimos meses e a estiagem prevista ainda para março pode trazer alguns problemas significativos para o setor agrícola da região sul de Santa Catarina. A baixa umidade dos solos dificulta o crescimento das plantas, trazendo prejuízos sérios para algumas plantações e, também, para a pastagem.

De acordo com o climatologista Márcio Sônego, o solo da região está com uma umidade de 60%, 15% abaixo de uma porcentagem já preocupante. “Com 75% de umidade a planta já começa a sofrer e crescer menos, o que faz com que seja necessário uma irrigação”, destacou o climatologista.

A bananicultura é uma das plantações que podem sofrer grandes prejuízos devido a falta de chuva. A falta de chuva, assim como o excesso desta e o solo ácido, acabam gerando um estresse para a planta e acarretando em uma doença chamada de Mal do Panamá - um fungo do solo que ataca as plantações de banana.

Além do problema à bananicultura, a estiagem pode prejudicar também a criação de gado na região. “Os criadores de gado de leite estão preocupados que a seca atrapalhe o plantio das pastagens de inverno, que era para estar acontecendo no final de março. Além de retardar o crescimento das pastagens, isso evita com que os criadores possam plantar as pastagens para o inverno”, comentou Sônego.

O maracujazeiro também vem sofrendo com a estiagem, já que, apesar das pessoas utilizarem a irrigação complementar nas lavouras, não são todos que conseguem fazer isso, e a seca acaba murchando as folhas e as flores. 

Por outro lado, a estiagem acaba sendo bom para um tipo de plantação: a de arroz. “O pessoal que trabalha com arroz acaba se dando bem, porque tem água o suficiente nas irrigações e, quem está colhendo, tem um resultado excelente”, afirmou Sônego.

Já fazem quase dez meses que a região possui uma quantidade de chuva abaixo da média histórica. Em fevereiro, choveu somente 88 milímetros, enquanto a média destacava 210 milímetros. Para o período de inverno e primavera, há chances de que a estiagem seja tão forte quanto a deste mês.

“O grande temor que se tem é devido a suspeita da formação de uma La Niña no Pacífico, o que normalmente faz com que os invernos sejam frios, porém menos chuvosos. Se acontecer, como está previsto, teremos um inverno e uma primavera com poucas chuvas e, então, será preciso uma engenharia para economizar ou suprir a água nas plantações”, concluiu o climatologista.

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