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Fila de consultas: dos 15 mil, 50% são para retorno, afirma secretário

Ainda segundo Acélio Casagrande, de oito mil consultas agendadas, cerca de três mil pacientes não comparecem

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 04/09/2020 - 08:37 Atualizado em 04/09/2020 - 08:41
Fotos: Luana Mazzuchello/4oito
Fotos: Luana Mazzuchello/4oito

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Nesta semana veio à tona a quantidade de pessoas na fila de consulta em Criciúma que ultrapassa os 15 mil. O assunto foi levantado por Adelor Lessa na Rádio Som Maior, no portal 4oito e também na Câmara de Vereadores.

Nesta sexta-feira, o secretário Municipal de Saúde, Acélio Casagrande, em entrevista na Rádio Som Maior, apresentou a versão do Município sobre o tema. “Criciúma vem atendendo as especialidades, e estamos ofertando oito mil consultas por mês, porém, destes, três mil não compareceram. Marcadas, confirmadas e não compareceram. Deste número que aparece nesta lista de 15 mil, nós temos no mínimo 50% que são retornos. Então diríamos que oito mil das pessoas da lista já foram atendidas pelos especialistas e estão aguardando para mostrar o exame”, comentou o secretário. 

Casagrande falou ainda que são mais de 50 médicos clínicos que fazem mais de 30 mil atendimentos por mês nas unidades de saúde. “Durante a pandemia, este número caiu 50%. Podemos atender isso em 30, 60 dias e ir limpando a fila. Sempre teremos fila, principalmente no retorno. Na psiquiatria, por exemplo, 70% são de retorno. Apenas 30% são consultas novas”, salientou.

Especialidades e os números

São 70 especialidades com mais de 50 profissionais que soma 16 mil consultas por mês ofertadas, porém, elas foram suspensas nos últimos dois meses devido à pandemia do novo coronavírus. “Oftalmologia não tem fila. Para cardiologista, uma área mais completa, temos 200 pacientes apenas na fila de espera. Ortopedia temos 300 na fila, mas a maioria é retorno. Reumatologista, quanto mais a população envelhece, teremos que ter mais profissionais no mercado, mas estamos em busca para suprir. Ninguém deixou de ser assistido. Passaram pelo clínico que solicitou a avaliação do especialista”, ressaltou o secretário.

O médico regulador e autorizador da média e alta complexidade da Secretaria de Saúde de Criciúma, Carlos Henrique Nappi, lembrou que o sistema de regulação existe há três anos e falou de algumas especialidades. Temos especialidades com maior dificuldade com relação a profissional. Otorrino há pouco tempo conseguimos um segundo profissional e nisso tivemos um gargalo que até antes da pandemia tínhamos uma fila mais restrita a isso. Mais de 35% dos pacientes de otorrino que estão na fila são pacientes cirúrgicos, tem classificação amarela e que infelizmente a gente precisa da liberação do Estado”, relatou Nappi, explicando como funciona a classificação de prioridade. “A classificação amarela, verde e azul, são em relação a estas prioridades. Amarelo mais imediato, até cirúrgica, o verde que já passaram pelo especialista, deu uma alteração que precisa ter um retorno para avaliação e tratamento, e azul que o exame não deu alterado”, explicou.

“Zerar a fila é utopia”

O médico disse ainda que há um edital aberto desde janeiro para credenciamento de profissionais que também podem ser contratados por consórcio. “É uma utopia zerar a fila. Sempre teremos pacientes na fila. Neste momento de pandemia não cabe julgamento da população, temos uma falta que cresceu em algumas especialidades devido ao medo da pandemia”, pontuou.

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