O movimento em prol das universidades comunitárias mostrou-se consolidado na noite desta segunda-feira (24), durante o Fórum Parlamentar em Defesa das Universidades Comunitárias. O evento, lançado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), busca fortalecer o modelo de ensino em todo o estado. Cerca de três mil pessoas, entre estudantes, políticos e sociedade geral, estiveram na AM Master Hall, em Criciúma.
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O Fórum Parlamentar em Defesas das Universidades Comunitárias foi transmitido pelo YouTube. Assista:
"Eu diria que este momento consolida uma história que começou lá em 1968, com os movimentos sociais que se organizaram para ter o ensino superior aqui na nossa região. Hoje, 55 anos depois, nós temos um novo momento para olhar para o passado, marcar esse presente e projetar o futuro", disse a reitora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), Luciane Bisognin Ceretta.
São 14 universidades comunitárias em Santa Catarina, que, juntas, somam 142 mil estudantes, 10.522 professores, 7.125 colaboradores, 2.604 laboratórios de ensino, 155 bibliotecas com mais de três milhões de títulos, 2.735 alunos em projetos com a comunidade, 95 cursos de mestrado, 40 cursos de doutorado, 3.501 projetos de iniciação científica, 91 patentes e registros, 473 negócios incubados, além de 1.456 doutores em atuação na graduação.
Também, há 1.322 professores em programas de mestrado e doutorado, 445.841 atendimentos em clínicas de saúde, 32.393 atendimentos em odontologia, 55.423 atendimentos em fisioterapia e reabilitação, 30.742 atendimentos em psicologia e psiquiatria, 28.713 atendimentos jurídicos, 1.793 estudantes com apoio financeiro em pesquisa e 220 acordos internacionais.
"Nós temos um estado que ocupa 1% do território geográfico nacional e que tem 3% da população do país, mas que tem o sexto melhor PIB, mostrando, portanto, o desenvolvimento econômico", detalha a reitora. "Todo o desenvolvimento, em qualquer local do planela, tem, na base, um bom sistema de educação. Nós costumamos dizer que o nosso ensino comunitário é um ecossistema transformador", completa.
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Adelor Lessa, Maga Stopassoli e Upiara Boschi. Confira:
Presidente do Fórum Parlamentar, o deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) destacou o desenvolvimento a partir desses espaços. "As universidades comunitárias não têm dono. São nossas. Têm o DNA do povo catarinense. Não muito longe na linha do tempo, há cerca 50, 60 anos, as pessoas do Sul catarinense que tinham a ideia de cursar uma faculdade, só teriam uma opção: se mudar para Florianópolis. Aí, a própria comunidade edificou as suas instituções", relembra.