O crescente número de furtos de materiais de cobre em Criciúma tem gerado preocupação entre moradores e autoridades. De acordo com o tenente-coronel e comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, Mário Luiz Silva: "o que mais tem tirado nosso sono são esses pequenos delitos, como o furto de fios, que se repetem com frequência e causam grandes transtornos". A reincidência desses crimes, muitas vezes cometidos por dependentes químicos e moradores de rua, evidencia um ciclo vicioso que é difícil de quebrar, segundo ele.
"A polícia conhece os infratores, já prendeu alguns várias vezes, mas eles acabam sendo soltos e voltam a cometer os crimes. Precisamos de uma abordagem mais ampla, que envolva saúde e assistência social para tratar a raiz do problema", enfatiza Luiz. Para ele, além dos furtos, é preciso também focar nos receptadores, geralmente ferros-velhos que compram o material roubado, o que amplia a escala dos crimes na cidade.
As operações conjuntas com a Secretaria da Fazenda têm resultado em prisões, mas ainda são insuficientes para coibir a prática. "Estamos levantando quem está comprando esse material, mas o número de envolvidos é grande, o que torna o desafio ainda maior", concluiu o comandante.
Ele concedeu entrevista ao Programa Adelor Lessa da Rádio Som Maior