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Futuro Econômico no Governo Bolsonaro é tema de palestra na Expomais

Jornalista da IstoÉ Dinheiro, Luís Artur Nogueira, abordou os pontos positivos e negativos do atual governo

Por Amanda Farias Criciúma, SC, 26/09/2019 - 19:17 Atualizado em 26/09/2019 - 19:32
(foto: divulgação)
(foto: divulgação)

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O auditório estava lotado na tarde desta quinta-feira, 26, no auditório Jayme Zanatta, da Acic. Seja nas conversas informais e até nos debates, o presidente Jair Bolsonaro está entre os assuntos mais comentados. Muitos o amam ou o odeiam. Mas, o que todos têm em comum? O interesse em saber qual o futuro econômico no governo Bolsonaro, que foi tema da palestra do jornalista econômico Luís Artur Nogueira, da IstoÉ Dinheiro.     

A palestra foi diferente e interativa e contou o tempo todo com a participação do público, que tinha em mãos um controle remoto para poder responder às enquetes e, principalmente, definir qual seria a linha a seguir na palestra. Falar sobre a relação do Brasil com a Argentina, China ou Europa? Estava nas mãos das pessoas ali presentes escolherem, e a China foi a opção mais votada. 

Nogueira abriu a palestra questionando o público quanto às expectativas de crescimento da economia ao longo do governo Bolsnaro, e 59% das pessoas acreditam num crescimento anual de 2% do PIB. Foram elencados os pontos positivos e negativos referentes à gestão do presidente em relação à economia do país. Antes de entrar de fato no tema escolhido (relação entre China e Brasil), foi abordado sobre a economia global, que segundo o jornalista, está desacelerando por causa da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Além da crise na Argentina, que atrapalha a recuperação do Brasil, dificultando o comércio automotivo.

Um dos pontos positivos elencados foi sobre a oportunidade gerada pelo Brasil. Para Nogueira, o país pode aumentar o comércio com os Estados Unidos sem abandonar a China. Ele elogiou a postura do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que vem reforçando o interesse em manter negócios com os Estados Unidos e ao mesmo tempo estar fazendo comércio com a China. 

Relação Brasil x China

Durante a palestra foi abordada a questão da guerra comercial que existe entre os Estados Unidos e a China e os impactos que isso gera para a economia em âmbito global e nacional. “É importante ver a outra face da guerra comercial. A China pode provocar uma guerra cambial. O dólar é a referência no mundo, se desvalorizar o dólar haverá recessão global. O Banco Central Americano é independente e não deve fazer isso. O desafio é manter o crescimento da China acima de 6%”, pondera. 

Durante uma visita que fez na China, Nogueira destacou que o país é repleto de obras e o quanto o investimento na infraestrutura pode ser impactante na economia. “Obras geram emprego, renda e consumo e essa seria uma lição para aprender com a China, que investe em construção civil”, afirma. Ele acrescenta também que o Brasil precisa ampliar o cardápio de exportações. 

Reforma da previdência – a solução para o país?

“O sucesso econômico do governo Bolsonaro depende de uma boa reforma da previdência”, ressalta o jornalista econômico. Ele é a favor das reformas as enxerga de forma positiva para a economia do país e acredita que a Reforma da Previdência poderá gerar um equilíbrio nas contas públicas. “Esse equilíbrio gera confiança nos investidores nacionais e estrangeiros, que passam a investir no Brasil e ao investirem geram emprego, renda e consumo, ou seja, ajudam no crescimento econômico”, comenta.

Ele enxerga a agenda reformista do governo como algo muito positivo para que o Brasil volte a crescer de forma sustentável a partir do ano que vem. “Precisa gerar economia de pelo menos R$ 800 bilhões nos próximos anos. O Senado vai votar a Reforma da Previdência, incluindo Estados e municípios”, pontua.

Ele também acredita que o próximo passo após a Reforma da Previdência deverá ser a Reforma Tributária, que já está tramitando no Senado. “Para reduzir a carga tributária precisa reduzir o governo, o tamanho da máquina pública. Mas, não há espaço para isso”, argumenta. 

Afinal, o que esperar do governo Bolsonaro? 

Nogueira citou também um conjunto de personalidades que, juntas, fazem parte do governo Bolsonaro. Os militares, tendo como expoente o vice-presidente Hamilton Mourão; os filhos do presidente, que vez ou outra acabam causando polêmica nas redes sociais; o jornalista Olavo de Carvalho, considerado popularmente o “guru” de Bolsonaro; o ministro mais popular do governo, Sérgio Moro; ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o protagonista da Reforma da Previdência.

“Essas pessoas fazem parte do mesmo governo, da mesma base e deveriam remar para o mesmo lado, mas não se entendem”, comenta Nogueira. Ele acredita que essas crises internas são um dos principais fatores que dificultam o governo Bolsonaro atualmente.

Um brinde a Paulo Guedes

Uma figura que foi elogiada por Nogueira durante a palestra pelo trabalho que vem realizando foi o Ministro da Economia Paulo Guedes, principalmente sua proposta de agenda liberal. “Mais Brasil menos Brasília, ou seja, mais setor privado e menos setor público. Mais empreendedorismo e menos a mão pesada do Estado. Mais simplificação tributária e menos impostos”, argumenta. 

A agenda econômica é muito boa, mas a articulação política está ruim”. Luís Artur Nogueira, jornalista IstoÉ Dinheiro       

A agenda reformista de Guedes, a inflação controlada, redução gradativa da meta, os juros caindo e se a taxa de desemprego se mantiver abaixo de 10%, são premissas para que haja um crescimento econômico, na visão do jornalista econômico. 

Confira o podcast: 

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