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Governador, prefeitos e deputados buscam soluções para a indústria do carvão

Autoridades se mobilizam para conter prejuízos de possível desativação do complexo termelétrico Jorge Lacerda

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 10/12/2020 - 08:41 Atualizado em 10/12/2020 - 08:53
Foto: Marciano Bortolin / 4oito
Foto: Marciano Bortolin / 4oito

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Autoridades de toda a Santa Catarina estão mobilizadas em busca de soluções efetivas para a “salvação” da indústria do carvão, após o recente anúncio de que a Engie estaria com planos para desativar o complexo termelétrico de Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. O fechamento da usina traria grandes impactos socioeconômicos para o estado catarinense, com o fechamento de milhares de postos de trabalho e uma perda bilionária de receita anual.

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, deputados estaduais, federais e prefeitos, dentre eles Clésio Salvaro, de Criciúma, estiveram reunidos nesta quarta-feira, 9, para traçar novas soluções para o setor termelétrico do carvão. Segundo Moisés, o grupo se reunirá ainda na próxima segunda-feira, para definir novos encaminhamentos e propor agendas com o presidente da república, Jair Bolsonaro.

“Penso que o grupo de trabalho que se constituiu aqui vem para pensar o futuro, e o futuro do setor da atividade, por isso a importância de estar presente aqui com Salvaro e outros prefeitos, com a bancada federal, parlamentares, o presidente da Alesc e deputados estaduais, para que possamos trazer soluções juntamente com o setor”, disse.

Segundo Salvaro, se esta desativação da usina de fato se concretizar, a região irá sofrer para além da questão socioeconômica. “Tamanha é a importância do carvão para o setor energético brasileira, a segurança que é o carvão. Você não pode estocar água em longos períodos de estiagem, mas pode estocar carvão”, pontuou o prefeito.

A possível desativação do complexo Jorge Lacerda faz parte de um plano de descarbonização da Engie, partindo de sua própria sede, na França. O prazo para início da desativação ficou para 2021, acelerado ainda mais pela dificuldade da venda dos ativos da usina e, também, pelo fim da cota de desenvolvimento, subsídio federal, em 2027.

Possibilidade de que o estado assuma a usina 

O ex-deputado estadual e atual consultor do Sindicato do Carvão, Ronaldo Benedet, defendeu a ideia de que o complexo fique com os catarinenses, com a saída da Engie. “O presidente da Celesc conhece profundamente o sul, pessoas do governo que pudessem nos ajudar para buscarmos a equação jurídica, institucional e prática para que a gente alcance, que fique nas mãos de uma estrutura catarinense o complexo termoelétrico, para a gente não ficar com mais influências e decisões internacional que possam atrapalhar a vida e a economia”, ressaltou.

Posição do ministro de Minas e Energia

Horas antes da reunião das autoridades catarinenses em Criciúma, o deputado federal Daniel Freitas esteve reunido com o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tratando sobre a necessidade de apoio do Governo Federal para a pauta. Em conversa com o deputado, Bento declarou apoio.

“O comunidade que a Engie fez chegou ao nosso conhecimento, estabelecemos um grupo de trabalho e vamos trabalhar junto com a bancada catarinense para buscar solução, uma solução que seja permanente e que atenda os interesses socioeconômicos de SC, principalmente da região sul do estado”, afirmou o ministro.
 

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