A greve de funcionários dos Correios completou um mês nessa quinta-feira, 17. Em Santa Catarina foram registrados protestos em várias cidades, inclusive em Criciúma. No maior município da região carbonífera, a Amrec, o protesto foi solidário, com a doação de sangue.
Adesão à greve
Segundo os trabalhadores em greve, a adesão foi de 30% do contingente, limitados por uma determinação judicial para que a parcela restante mantivesse os serviços de entrega. Para os Correios, ingressaram no movimento menos de 18% dos empregados da área operacional e, segundo o sistema de monitoramento da empresa, os números apresentam variação diária.
Os Correios dizem ainda que puderam manter os serviços por meio de mutirões, inclusive aos fins de semana e feriados.
Mediação
A resolução do conflito vai ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que julga a procedência das reclamações dos trabalhadores na próxima segunda-feira, 21.
Os funcionários são contra o fim do acordo coletivo da categoria, que reduziu benefícios trabalhistas. Segundo a federação, a renda de trabalhadores chegou a cair 40% desde 1º de agosto e os Correios se negam a negociar.
Foram 70 cláusulas do acordo coletivo que deixaram de valer ou foram reduzidas, como a extinção dos 30% de adicional de risco, diminuição da licença maternidade de 180 para 120 dias e retirada do auxílio para filhos com necessidades especiais.
Por outro lado, a empresa diz que os sindicatos insistem em uma proposta incompatível com a situação econômica do país. O enxugamento de benefícios, diz a estatal, geraria economia de R$ 800 milhões ao ano, justificada pela necessidade de recuperar prejuízo de R$ 2,4 bilhões acumulados em gestões passadas.