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Deflagrada na noite de segunda-feira, 17, a greve dos servidores dos Correios pode acabar ainda nesta sexta-feira, 21, ou continuar por tempo indeterminado. A situação depende da votação dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao mantimento, ou não, do contrato bianual dos trabalhadores com a empresa, que garante a prevalência dos direitos elencados no último contrato para 2020.
No sul do estado, de acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintec/SC), Jeferson da Rocha, a adesão de trabalhadores à greve vem crescendo. “Tivemos mais carteiros e atendentes que aderiram a paralisação de hoje. Na região de Criciúma, foram mais cinco adesões de ontem para cá, e a média de paralisação da região sul é de 70%, assim como a da capital”, disse.
O sindicalista afirma que os Correios ainda não abriram os canais de comunicação para diálogo com os servidores, se mantendo inflexível em relação à sua proposta. A pauta da empresa envolve a exclusão de 60 cláusulas de acordo coletivo, que resultaria na redução de benefícios acordados anteriormente e na diminuição de quase 40% do salário dos trabalhadores.
Os servidores então aguardam a decisão do STF para saber se irão manter ou encerrar a greve por definitiva. “Temos o julgamento do STF, por conta do dissídio do ano passado que é de acordo bianual. Não éramos para estarmos em negociação neste ano, o acordo era para ter sido estendido do ano passado para este, mas a empresa recorreu junto ao Supremo Tribunal para poder negociar ano, já com o intuito de propor os cortes”, pontuou.
Até o momento, dois dos 11 ministros já votaram a favor da empresa. Se o caso vier a ser julgado favorável aos trabalhadores, mantendo então o acordo bianual, a greve deve acabar ainda amanhã em todo o Brasil. Se não, ela poderá se estender por tempo indeterminado - podendo contar com mais adesão por parte dos servidores.
“Se for por essa linha de continuar a greve, provavelmente a partir da semana que vem, com o fim da expectativa do julgamento, a adesão tende a aumentar bastante. Tem muitos trabalhadores, incluindo atendentes do setor administrativo e carreteiros, que estão esperando um possível julgamento favorável para esta sexta. Caso contrário, eles vão aderir ao movimento também”, reforçou Jeferson.
