O estádio Herberto Hülse já faz parte da vida dos moradores de Criciúma e do sul do estado. Também conhecido como Majestoso, já foi palco dos títulos da Série B e C do Brasileiro, da Copa do Brasil e vários Campeonatos Estaduais. Mas imaginem se o nome do estádio mudasse? Foi justamente o que aconteceu no ano passado.
"Tivemos duas reuniões para transformar o estádio em arena e essa arena levaria o nome de um grupo empresarial. Mas é um processo que tem que ser bem avaliado. Como nosso estádio já tem um nome constituído, precisa passar por aprovação do conselho e dos torcedores patrimoniais. Mas sim, já foi iniciada tratativa uma vez e não avançou", afirma Júlio Remor, diretor de Marketing do Criciúma.
O que estava prestes a acontecer com a casa do Tigre é o chamado Naming Rights ou na tradução literal do inglês para o português, direitos de nomes.
No programa 60 Minutos, dessa quarta-feira, 02, na rádio Som Maior, o assunto foi justamente Naming Rights. Um mercado amplamente fértil no exterior e que vem ganhando corpo no esporte Brasileiro. A notícia mais recente foi a alteração do nome Arena Corinthians para Neo Química Arena. "No exterior essas negociações já pegaram. Vários estádios famosos ganharam nome de empresas. Aqui no Brasil ainda vai depender da mídia e da torcida. Se a mudança de nome vingar, esse será um mercado promissor", afirmou ao 60 Minutos o especialista em Marketing Esportivo Fernando Kleiman.
No caso do Corinthians a novidade já deu resultado. A direção do clube anunciou na madrugada desta terça-feira, 01, a cessão dos naming rights de seu estádio, a Arena Corinthians, à farmacêutica Neo Química, que pertence ao grupo Hypera Pharma. O contrato de 20 anos rendeu ao Timão R$ 300 milhões. Mas o caminho não foi fácil já que o clube buscava parceria há 6 anos.