Assembleias ontem e hoje determinaram, por decisão da maioria, a paralisação das atividades dos trabalhadores do Hospital Regional de Araranguá a partir da zero hora da próxima terça-feira, 28. A greve será por tempo indeterminado.
“O Ideas, gestor do hospital, recebeu nossa pauta, ignorou as reivindicações, retirou direitos e não senta para negociar”, argumentou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (SindiSaúde), Cléber Cândido.
“Mesmo com todas as tentativas, eles não querem se reunir e, ainda, retiraram direitos como o feriado da jornada de 12 por 36 horas, aumento do vale alimentação e não contrataram mais funcionários”, citou, elencando excesso de demanda e sobrecarga dos atuais empregados como outras razões.
Metalúrgicos fazem acordo
Enquanto os trabalhadores da saúde vão à greve no HRA e os das indústrias plásticas decidiram ontem por estado de greve, os metalúrgicos fecharam em 4% o reajuste para quem recebe até R$ 6,2 mil, sendo 3,53% do INPC do período, com o abono passando de R$ 730 para R$ 800. Assim, o piso passou para R$ 1,5 mil.
A aprovação da proposta foi votada nas assembleias de ontem em Araranguá e Criciúma. Foram 305 votos favoráveis e 64 contrários. “Diante da atual conjuntura, a proposta foi boa com o INPC e mais ganho real e preservação dos direitos históricos”, avaliou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região, Francisco Pedro dos Santos.
A categoria abrange mais de 2 mil trabalhadores em metalúrgicas distribuídas em 29 municípios da região.