Os agentes censitários do IBGE estão, desde a manhã desta segunda-feira (20), percorrendo as ruas brasileiras para pesquisar características do espaço público das cidades. No país, serão pouco mais de 326 mil setores urbanos analisados; em Santa Catarina, um total de 10.596.
Esta etapa do Censo Demográfico é a chamada Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios e vai até 12 de julho. Todos os 295 municípios catarinenses e os 5570 nacionais serão percorridos.
Não há nenhum tipo de entrevista: o levantamento é feito somente pela observação direta dos quesitos nas áreas públicas dos setores censitários. No estado, serão em torno de 900 agentes censitários em campo e 470 mil faces de quadra pesquisadas.
Dez quesitos estão sendo investigados: capacidade da via, pavimentação da via, bueiro/boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus/van, via sinalizada para bicicletas, existência de calçada, presença de obstáculo na calçada, rampa para cadeirante e arborização.
Três desses quesitos – ponto de ônibus/van, via sinalizada para bicicletas e presença de obstáculo na calçada – são novos, não tendo sido analisados no Censo 2010 ou em outras idas a campo do IBGE.
Também pela primeira vez, a pesquisa abrangerá todos os aglomerados subnormais localizados nas áreas urbanas, independentemente de terem arruamento regular ou não. Uma nova metodologia será utilizada para fazer a identificação do percurso em áreas labirínticas e sem sinal de GPS.
Em Santa Catarina, serão 213 aglomerados subnormais pesquisados.
A pesquisa do entorno integra a etapa de reconhecimento e atualização dos mapas e garante a cobertura da coleta do Censo 2022, de 1º de agosto até 31 de outubro.
O levantamento se alinha ao monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Além de dar continuidade à série iniciada em 2010, permitindo a comparação das informações, a edição atual terá publicados resultados experimentais em níveis mais detalhados.
Em 2010, foi verificado em Santa Catarina que 96,9% dos domicílios particulares permanentes em áreas urbanas com ordenamento regular estavam em via com iluminação pública; 68,8%, em vias pavimentadas; 47,6%, com calçada; 43,9%, arborizadas; e 4,5%, com rampa para cadeirante.
Constatou-se ainda, entre outros quesitos, que 4,2% desses domicílios estavam em vias com esgoto a céu aberto, e 1,8%, em vias com lixo acumulado nos logradouros. Vale reforçar, no entanto, que nem todos os aglomerados subnormais foram investigados nessa pesquisa anterior.