Não apenas o ICMS do arroz subiu de 7% para 9,91% desde o começo do mês, como os tributos embutidos nos fertilizadores agrícolas. Ou seja, preço aumentou duas vezes em relação ao produto final. Conforme o presidente do Sindiarroz, Silvério Orzechowski, isso não vai fazer com que seja reduzida a utilização de agrotóxicos, porque eles são necessários nas plantações.
“A mídia de modo geral fica produzindo reportagens sobre o consumo de agrotóxico, mas temos que ver a realidade do nosso país. Se reduzir a aplicação contra uma praga, como as moscas que aparecem nas laranjeiras ou nas maçãs, se não combater não haverá produção”, afirmou Orzechowski.
Segundo ele, no ano que vem aumentos deste tipo vão acontecer em todo o país, então o interessante seria segurar os incentivos fiscais até lá. O Rio Grande do Sul produz mais arroz do que Santa Catarina, e com preço menor.
“O que vai acontecer é um aumento de custo para o produtor, que vai tirar a competitividade de Santa Catarina. A partir de maio todos os estados passaram a tributar os incentivos agrícolas. O que a gente pede para o governo é que prorrogue até maio”, concluiu.