Falta de comunicação entre órgãos públicos e instituição causou transtorno para os funcionários do Hospital São Marcos de Nova Veneza, que tiveram atraso no pagamento dos salários. O repasse de R$ 160 mil que é realizado pela Prefeitura desde 2019 não pode ser feito este ano, pois a Câmara de Vereadores não fez a votação sobre o aditivo. A alegação do legislativo é que faltavam documentos, em principal a prestação de contas do Hospital, para que pudessem decidir sobre o assunto. Após reunião realizada nessa quinta-feira, 11, a questão se encaminha para uma resolução.
Foram reunidos o diretor geral do Instituto Maria Schmitt (Imas), Robson Schmit Machado, junto do corpo administrativo do instituto, a irmã responsável a nível nacional pela congregação paulista Irmãs Benedetina, de forma online, o secretário municipal de saúde, o representante do Sindisaúde, Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Criciúma e Região, e o Presidente da Câmara de Vereadores, Evandro Gava. Em ata ficou decidido que o Instituto faria a prestação de contas mensalmente para o Legislativo. No mesmo dia, às 16h o Imas realizou a entrega dos documentos para a Câmara.
Segundo o Gava, o prefeito já havia sido comunicado no dia 22 de janeiro sobre o funcionamento da Câmara e que era necessária uma sessão extraordinária para que a apresentação do projeto e a votação acontecesse no mesmo dia. Mas pela falta de entrega da documentação o legislativo fez vista. O instituto alegou que a documentação já estava em posse da Prefeitura, mas esta não realizou a entrega a tempo.
A atual preocupação, que surgiu durante a reunião, é sobre o pagamento do FGTS e INSS dos funcionários do hospital. Gava mencionou que as duas últimas empresas que atuaram no local deixaram os passivos para trás e a atual situação preocupa o sindicato. Além disso, o valor do aditivo não é suficiente para o zerar as dívidas. A responsabilidade do caso ficou com a Secretaria Municipal de Saúde.
O presidente da Câmara disse que está sendo elaborado um projeto para que todas as instituições que recebem recursos públicos compartilhem a prestação de contas com a Casa, além da Prefeitura. O intuito é fiscalizar e sanar dúvidas sobre o funcionamento das instituições na cidade.